Petróleo em Foco.

O destaque do dia ficou por conta da queda de mais de 5% no preço do Petróleo, em uma dinâmica clássica de “buy the rumor, sell the fact” após o anuncio, por parte da OPEP, de que irão estender o acordo de corte de produção. O evento era amplamente esperado. Não sou especialista no tema, mas ainda me parece razoável supor que o petróleo permaneça durante algum tempo em um range em torno de $45-$55 (as vezes um pouco abaixo, as vezes um pouco acima deste patamar). Se confirmado este cenário, a despeito dos sustos de volatilidade, não me parece haver efeitos econômicos relevantes e/ou impactos secundários nos ativos de risco.

Nos EUA, a balança comercial e o Wholesale Inventories levaram a uma pequena revisão das expectativas do PIB do 2Q. O Jobless Claims, por sua vez, se manteve nos níveis mais baixos deste ciclo econômico. Os números de hoje não alteram o cenário base para a economia do país.

O dia foi de dinâmica menos volátil para os ativos locais, em um claro sinal de que a posição técnica parece mais saudável. Um estudo quantitativo das cotas dos fundos locais, assim como a análise qualitativa dos mesmos, aponta na mesma direção.

Não vi nenhuma novidade relevante no cenário político. As incertezas permanecem. Há saídas viáveis, que talvez não sejam tão catastróficas para o país, mas nada impede que o caminho até lá seja longo e tortuoso. Resumindo, mantenha o portfólio líquido, busque distorções e eventuais hedges para as carteiras. Isso não é uma estratégia simples nos atuais níveis de volatilidade do mercado e, especialmente, após a ocorrência de um clássico “Black Swan”.


Eu ainda vejo valor na parte curta da curva de juros local. Gosto de ter umas opcionalidades para uma eventual catástrofe no mercado de câmbio. Existem oportunidades seletivas no mercado de renda variável. Vejo valor em posições tomadas nos juros dos países desenvolvidos nos atuais níveis.

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