Petróleo em destaque.

O destaque da noite ficou por conta da acusação que foi vazada na mídia de que Trump teria dado informação confidencial sobre o Estado Islâmico a uma delegação Russa que visitou a Casa Branca na semana passada. Como presidente do país, parece que Trump tem o poder de tornar informação confidencial em informação pública, mas o vazamento deste episódio está trazendo um grande constrangimento a uma administração cercada de problemas.

Na agenda do dia, destaque para os dados de housing nos EUA e para Industrial Production do país.

Em relação à dinâmica de mercado, destaque para mais uma rodada de alta no preço do petróleo após a confirmação, ontem, de uma extensão do corte de produção dos países membros da OPEP. Não sou especialista no tema, mas me parece que o petróleo deveria se manter um grande range ao longo dos próximos meses. O nível de $45-$55 parece um bom o seu preço. Neste patamar, a despeito de uma elevada volatilidade, não deveria ser um tema de grande destaque para o cenário econômico global.

No Brasil, a pesquisa Focus divulgada ontem pelo BCB mostrou novo recuo nas expectativas de inflação, o que deu conforto adicional ao mercado para precificar uma antecipação do ciclo de queda da Taxa Selic. O discurso de Ilan – Presidente do BCB – na sexta-feira, também foi interpretado como uma indicação de que, mantida as condições atuais, o BCB está viesado em acelerar o processo de queda da Taxa Selic.

Interessante observar, contudo, que o mercado está lendo as declarações do BCB de maneira literal, ou seja, não há um grande movimento de extensão do ciclo de corte da taxa de juros, mas uma antecipação deste. A curva de juros já precifica uma queda de praticamente 125bps na próxima reunião do Copom, mas com quedas subsequentes muito inferiores a esta (-80bps/-50bps nas duas reuniões seguintes grosso modo).

Os jornais de hoje estão ventilando a possibilidade do governo “descontingenciar” parte do orçamento, com o intuito de conseguir recursos em troca da Reforma da Previdência. A medida depende de alguma receita extraordinária.

Na direção de uma agenda voltada ao crescimento, assim como a liberação dos recursos do FGTS, o governo começa a ventilar a possibilidade de uma correção da tabela do Imposto de Renda. A contrapartida poderia ser a taxação da distribuição de dividendos. A medida ainda está em estudo e não foi oficializada.





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