Brasil: Agenda econômica avança no Congresso.
Os
ativos de risco estão operando sem tendência definida, com alguma “Tensão Pré
FOMC”. O destaque fica para uma leve alta do dólar no mundo. O petróleo
apresenta leve recuperação, após dados mais positivos de estoques divulgados no
final da tarde de ontem. A bolsa dos EUA apresenta leve queda, refletindo a
divulgação do resultado, abaixo do esperado, da Apple na tarde de ontem.
Hoje, o
FOMC se reúne e divulga sua decisão de política monetária as 15h00. O consenso
de mercado espera a manutenção do status quo.
O Comitê deve apenas fazer uma “marcação a mercado” no seu comunicado no
tocante ao cenário econômico. Se houver alguma surpresa, ela deve ficar para
uma sinalização mais explícita em torno do que o Fed tem em mente, em relação a
timing e a condução do processo para
a redução do seu balanço. O cenário base, contudo, é de uma decisão sem
surpresas.
No
Brasil, o calendário político avança. A Comissão Especial da Câmara deverá votar
o texto base da Reforma da Previdência hoje ou amanhã. A votação em plenário
deverá ficar para a segunda quinzena deste mês. Assim, o governo ganha tempo
para explicar as mudanças recentes no relatório para a sua base.
Ontem, a
Câmara aprovou a MP das concesões. Segundo o Valor Econômico:
Após diversos adiamentos em meio à tramitação da
reforma trabalhista no plenário, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a medida
provisória das concessões, que estabelece condições para a prorrogação e a
relicitação de contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e
aeroportuário. A proposta foi editada em meio à dificuldade das empreiteiras
investigadas na Operação Lava-Jato em obter crédito e realizar os investimentos
prometidos. A votação dos destaques não tinha sido concluída até o fechamento
desta edição.
O resultado foi bem recebido por parlamentares da
base de apoio ao governo no Congresso, já que a MP tem vigência até amanhã e
precisava ser encaminhada ao Senado para votação ainda hoje. Se a MP não for
votada nas duas Casas do Congresso até 4 de maio, perderá a validade e os
negócios firmados durante sua vigência terão que ser regulados por um projeto
de decreto legislativo. As regras são restritas aos empreendimentos federais
que fazem parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Ao Valor,
aliados do Palácio do Planalto no Congresso destacaram a importância do
resultado como um aceno de que a base governista está reaglutinada em torno da
aprovação da pauta econômica do presidente Michel Temer, inclusive da reforma
da Previdência. Ao editar a medida provisória, o governo alegou a necessidade
de conseguir novos investimentos no setor de infraestrutura de transportes.
Além disso, o texto prevê que serão objeto de relicitação os contratos no setor
rodoviário, ferroviário e aeroportuário que não estiverem sendo atendidos ou
cujos contratados não estejam conseguindo manter as obrigações contratuais ou
financeiras.
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