Dinâmica mais positiva dos ativos de risco.

Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento de recuperação verificado na tarde de ontem. A despeito da ausência de mudança substancial de cenário, a dinâmica do mercado já se mostra mais saudável. A partir de agora, é necessário observarmos uma queda de volatilidade para podermos ter certeza de que o pior deste período já tenha ficado definitivamente para atrás. Eu continuo vendo um cenário saudável para os EUA e a Europa e, consequentemente, para os ativos ligados a estas duas regiões. Contudo, ainda acredito na necessidade de medidas estruturais mais incisivas para trazer uma estabilidade mais permanente na China e nos países emergentes em geral.

Na agenda do dia, destaque para a revisão do PIB e o Jobless Claims nos EUA. No Brasil, a agenda será esvaziada.

Brasil – Duas matérias do Valor merecem destaque (vide manchetes abaixo). Nenhuma delas traz informações novas, mas confirmam a dificuldade em promover o ajuste fiscal no país:



China -  Segundo a Bloomberg, o governo voltou a intervir para suporte ao mercado de ações locais, que acabou subindo cerca de 5% na noite de hoje.

Japão – Ao contrário da sinalização de seus pares (PBoC, ECB e Fed) o BoJ declarou esta noite que a política monetária no país se encontra adequada no momento e não vê a necessidade de ajustes. Segundo Kuruda: “If further easing becomes necessary, the BoJ will certainly adjust QQE. At this stage, however, the economy and prices are trending in line with our expectations and we believe the 2% price target can be reached with the current QQE,” ie, without additional easing (translated from Japanese).

Europa – O Business Confidence da França subiu de 99 para 100 pontos em agosto, superando as expectativas do mercado e atingindo o maior patamar deste ciclo econômico.O número reforça a mensagem que, antes desta “chacoalhada” dos ativos de risco, a economia da região se mostrava saudável e em plena recuperação. Na Área do Euro, os dados de agregados monetários apontam na mesma direção, mostrando sucesso do ECB com sua política monetária extremamente acomodatícia. Seguem alguns detalhes do número:

The standout feature of July's figures is the marked pick-up in the y/y growth rate of bank lending to non-financial corporates, which jumped from 0.2% to 0.9%. The growth rate remains rather low but the trend is clearly upwards and the pick-up dovetails with evidence of improved supply and demand conditions, including in the ECB's quarterly Bank Lending Survey (BLS).
The y/y growth rate in loans to households also rose further in July, from 1.7% to 1.9%. Reported demand for loans in the latest BLS picked up most strongly in this sector. 
M3 growth on a y/y basis picked up from an already robust 4.9% to 5.3% in July and has now been above the former ECB reference value of 4.5% growth for five months on the trot. The 6-month annualised growth rate in M3 is a little higher still, at 5.8%.
M1 growth on a y/y basis accelerated from an already buoyant 11.7% to 12.1% in July. The growth rate in M1 has generally been a decent guide to future GDP growth trends with a lead of around 3-4 quarters and it continues to provide robust signals (though the 6-month annualised growth rate, while elevated still, has lost some momentum in the last few months). 

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