Update

Na ausência de dados econômicos relevantes, os ativos de risco mantiveram-se focados em um quadro técnico claramente comprometido. Assim, a segunda-feira foi de sell-off rápido, acentuado e generalizado dos ativos de risco.

Eu não acredito que o mercado será capaz de se estabilizar por conta própria. O mercado ficou viciado em estímulos, e será necessária uma rodada conjunta e agressiva de medidas para trazer uma maior racionalidade aos ativos de risco. A notícia boa é que podemos estar próximos deste ponto. O lado negativo, contudo, é que o poder de fogo dos bancos centrais hoje é menor do que no passado e, em algumas regiões (na China em especial) a situação econômica encontra-se muito mais desafiadora do que no passado recente.

Brasil – Além do cenário externo calamitoso, o fluxo de notícias locais também é negativo, com um quadro político de incerteza complicando ainda mais o cenário econômico.

China – Todas as atenções estão voltadas para o país. É impreterível que medidas adicionais de suporte sejam anunciadas o mais rápido possível, ou a dinâmica dos mercados continuará negativa.

EUA – Só resta ao Fed adiar o início do processo de alta de juros frente a expressiva deterioração do cenário externo, que levou a uma alta do dólar e queda das inflações implícitas.


Europa – O ECB tem em mãos a capacidade de aumentar a velocidade do QE, com intuito de conter o aperto das condições financeiras no país. Eles deveriam sinalizar nesta direção caso não vejamos uma melhora das condições financeiras nos próximos dias.

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