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Brasil - A segunda-feira foi de sangria para os
ativos brasileiros, em uma reação clássica de aversão a risco diante de mais
uma decepção no campo do ajuste das contas públicas. O orçamento para 2016 foi
confirmado com previsão de déficit de 0,5% do PIB, muito aquém de uma meta
recentemente revisada de superávit primário de 0,7% do PIB. O governo, com
ações como essa, perda credibilidade a passos largos. No curto-prazo, não há
sinais de uma reversão deste quadro político instável e de um cenário econômico
extremamente desafiador. Umas das únicas saídas para a situação atual do país é
o governo caminhar em direção ao Congresso, buscando uma aproximação em prol de
um objetivo único de ajustar a economia do país. Em meio a Operação Lava-Jato e
as incertezas de quem estará imune as investigações, e aqueles que serão
investigados, este caminho se mostra a cada vez mais difícil de ser trilhado.
Enquanto isso, a economia caminha na direção de uma forte
contração este ano. O Índice de Confiança do Comércio recuou 4,1% em agosto,
atingindo o menor patamar da série. O Índice de Confiança de Serviços caiu 4,7%
no mesmo mês, também encontrando-se no menor patamar histórico. A despeito
deste ambiente desolador, o BCB se mostra na desconfortável situação de ter que
usar sua política monetária para conter os efeitos secundários da depreciação
cambial e de uma política fiscal expansionista, que perdurou por vários anos.
Externo – O destaque ficou por conta de mais um
dia de short squeeze no petróleo, com
a OPEP afirmando que está disposta a negociar uma racionalização de sua
produção em busca de um preço de equilíbrio.
Os ativos de risco apresentaram alguma estabilização desde o
final da semana passada, mas com sinais ainda claros de instabilidade. O dia
foi de alguma aversão a risco.
O Chicago PMI nos EUA saiu de 54,7 para 54,4 pontos em agosto,
em linha com as expectativas. O número não adicionou informações novas relevantes
ao cenário.
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