Risk On!
Os mercados financeiros globais estão
tendo mais uma manhã de otimismo, em uma nova rodada de clássico movimento e “risk-on”.
Ainda me parece que estamos no meio de um “relief rally”, ou uma melhora
cíclica, dentro de um ambiente ainda estruturalmente desafiador para o
crescimento mundial e política monetária global. Sinais de um crescimento fraco
mais acentuado ao redor do mundo, a percepção de que o ajuste de preços e
posições já foi integralmente verificada, poderão ser triggers para o fim deste
movimento. Por hora, a dinâmica do mercado continua parecendo mais positiva.
Na agenda do dia, destaque para o IPCA
e para IGP-DI no Brasil.
Brasil – O TSE
decidiu ontem por dar prosseguimento a um processo de eventual impugnação da
Chapa de Dilma nas eleições presidenciais de 2014. O pedido de análise foi feito
pela oposição, utilizando como argumento potenciais ilegalidades na campanha.
Será a primeira vez na história que o TSE irá julgar um caso como este com um
governo eleito em exercício. Além disso, o TCU deverá começar a analisar hoje o
seu parecer em torno das contas do primeiro governo Dilma, Já é esperado que o
Tribunal vote contra a aprovação das contas. Ambos os eventos tem potencial de
trazer uma nova rodada de incertezas ao cenário político local.
China – As reservas
internacionais do país caíram apenas R$43 bilhões em setembro, muito abaixo dos
cerca de R$100b que vinham perdendo nos últimos meses. O número mostra um pontual
sucesso do governo chinês na estabilização da moeda do país, o que pode dar ímpeto
ao movimento positivo de curto-prazo para os ativos de risco, especialmente nos
países emergentes.
Japão – O BoJ
manteve sua política monetária estável, como era esperado pela maioria do
mercado. Não observamos alterações significativas no comunicado após a decisão.
Europa – A produção
industrial de agosto na Alemanha e na Espanha ficaram abaixo das expectativas
do mercado, mostrando um claro arrefecimento do crescimento da região. A
Alemanha, em especial, vem dando sinais consistentes de que seu crescimento
passa por uma desaceleração cada vez mais visível.
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