Consolidação.

Os ativos de risco estão tendo uma terça-feira de consolidação, após um movimento rápido e acentuado de recuperação positiva do humor global a risco. Após este ajuste inicial de preços e posições, confesso que acredito que será necessário uma confirmação de dados econômicos globais saudáveis e/ou a atuação concreta de bancos centrais ao redor do mundo (como o anúncio de alguma medida por parte do BoJ ou do ECB) para que o movimento positivo dos mercados tenha continuidade. Caso contrário, acredito que os ranges recentes será respeitados. Em alguns casos, como no S&P500, por exemplo, já estamos chegando próximo a banda de cima destes canais, o que requer notícias adicionais para que um rompimento seja efetuado. Vale lembrar que parte do movimento dos últimos dias pode ser explicado pela posição técnica do mercado, um vetor que leva algum tempo para ser ajustado, mas que apresenta um limite de propulsão. Assim, os números de atividade ao redor do mundo, e as decisões dos bancos centrais são movimentos que precisam ser acompanhados no detalhes.

Brasil – A cena política deve voltar ao foco de atenção esta semana. O TCU manteve o julgamento das contas do primeiro mandato do Governo Dilma para o dia 7, enquanto o TSE irá retomar o julgamento para uma eventual impugnação da Chapa de Dilma que havia sido interrompido devido ao pedido de vistas. Em um artigo no Valor, Alex Ribeiro reafirma que a mensagem do BCB continua a mesma, ou seja, o cenário central ainda é de que os juros fiquem estáveis por um período prolongado de tempo. Contudo, caso a deterioração das expectativas de inflação, e o aumento dos prêmios de risco locais se mostrem mais permanentes, o BCB não irá se furtar a promover ajustes pontuais nas taxas locais de juros. Em mais uma passo positivo, a Petrobrás anunciou uma redução de Capex e de Opex para o biênio de 2016-2017, em um claro ajuste a nova realidade da empresa.

Europa – O número de Factory Orders de agosto, na Alemanha, apresentou queda superior as expectativas do mercado, confirmando um quadro de recuo do crescimento na região.


Austrália – Como era amplamente esperado, o RBA manteve os juros estáveis. Ao contrário do que alguns investidores acreditavam, contudo, o comunicado após a decisão ficou praticamente igual ao comunicado da reunião anterior, não dando sinais de que o Banco pretende promover algum ajuste baixista de taxas no curto-prazo. Não houve mudanças relevantes no cenário em relação ao país ou a China.

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