Ainda em Consolidação...
Os ativos de risco continuam em um processo de consolidação, sem grandes tendências ou movimentações esta manhã. A dinâmica na Ásia foi mista, com leve alta das bolsas na China, mas com quedas nas bolsas dos demais países da região. O mercado de moedas acabou apresentando um desempenho parecido, sem tendência definida. Hoje pela manhã, as bolsas da Europa e dos EUA apresentam leve queda, com o dólar um pouco mais forte no mundo. O petróleo segue sua tendência de queda no curto-prazo, com as demais commodities apresentando leve alta. Os ativos dos países emergentes apresentam uma rodada de pressão neste início de terça-feira.
Na agenda do dia, nos EUA, teremos Durable Goods, CaseShiller House Prices, Markit US Srvices PMI e Consumer Confidence como destaques. No Brasil, o foco ficará por conta dos dados de crédito de setembro que serão divulgados pelo BCB. NA Europa, destaque para o PIB da Inglaterra.
Brasil – A mídia voltou o seu foco para a nova fase da Operação Zelotes, realizada ontem. Talvez eu tenha dado pouca importância a mais uma fase da Operação Zelotes realizada ontem. A Operação chegou muito perto de Lula, atingindo em cheio um de seus filhos. Além disso, pessoas próximas ao Planalto, como Gilberto Carvalho, estão no cerne desta investigação. É razoável supor que o ambiente político deverá ganhar novos e imprevisíveis contornos nos próximos dias.
Segundo o Estado, a Fazenda busca apresentar uma meta fiscal para 2016 maior do que os 0,7%, podendo incorporar as receitas extraordinárias de 2015 que não foram realizadas este ano. Contudo, o cenário para as contas fiscais continua extremamente desafiador
Estado:
A equipe do ministro Joaquim Levy (Fazenda) quer vender ao mercado a mensagem de que essa economia extra em 2016 seria uma contrapartida à piora do resultado de 2015, que vai registrar deficit por causa da queda nas receitas e do pagamento das pedaladas fiscais. Com isso, Levy espera convencer as agências Moody's e Fitch, de classificação de risco, a não rebaixarem a nota brasileira, tirando do país o grau de investimento –a Standard & Poor's já retirou o selo de bom pagador do Brasil. Apenas três medidas previstas para este ano, mas que vão dar resultados só em 2016, podem contribuir com R$ 26,4 bilhões, gerando um superavit primário adicional de 0,4% do PIB. Essas medidas haviam sido propostas para garantir uma economia de pelo menos 0,15% do PIB em 2015, mas que não será mais atingida. São elas: regularização de ativos de brasileiros no exterior (R$ 11,4 bilhões), refinanciamento de dívidas (R$ 10 bilhões) e concessões e permissões de rodovias e portos (R$ 5 bilhões).
Folha:
O governo vai adiar o leilão de 29 hidrelétricas do dia 6 de novembro para, provavelmente, 25 de novembro. O adiamento pode comprometer a arrecadação de R$ 11 bilhões neste ano, com a qual a equipe econômica conta para reduzir o deficit público. Esse valor, referente à primeira parcela paga pelas vencedoras do leilão, poderia reduzir o rombo das contas públicas de 2015, que deve superar os R$ 50 bilhões. Segundo a Folha apurou, o Ministério de Minas e Energia tomou a decisão porque, até o dia 6 de novembro, não há prazo suficiente para que o Congresso Nacional aprove medida provisória que permite ao governo cobrar outorga pela concessão e muda as regras de risco de falta d'água na operação das usinas. Empresas interessadas no leilão se declararam preocupadas com falta de segurança jurídica para a disputa.
ISABEL VERSIANI
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Levantamento feito por assessores da Comissão Mista de Orçamento do Congresso indica que fracassou o esforço do governo de convencer os parlamentares a cobrir, com suas emendas orçamentárias, cortes propostos pela União no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e na saúde para 2016. De um total de 7.234 emendas individuais apresentadas ao Orçamento do ano que vem, no valor de R$ 9,1 bilhões, foram detectadas pelos técnicos apenas cerca de R$ 250 milhões em propostas que atendem a programas do governo nas duas áreas –menos de 5% do almejado pela equipe econômica. O governo esperava que as emendas cobrissem um corte de R$ 7,6 bilhões nas despesas programadas para 2016 em ações de saúde e no PAC. A tesourada, de R$ 3,8 bilhões para cada uma das áreas, foi anunciada em setembro como parte de um pacote de ajuste para tentar garantir um resultado superavitário para as contas do ano que vem.
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