Brasil: BC prepara fim do ciclo monetário:
Enquanto aguarda uma definição em torno da “Saga Grega”, o mercados volta as asuas atenção para a China. Ao longo da noite, as bolsas do país apresentaram mais um dia de forte queda (superiores a 5%), dando sequencia a um movimento rápido e acentuado que dura cerca de 2 semanas. No curto-prazo, não vejo medidas que possam ser tomadas que venham a estabilizar o mercado, a não ser por nível de preço e posição técnica mais balanceados. Não há informações adicionais que eu possa dar neste momento, além do que já foi comentado neste fórum nos últimos dias (reproduzo parte destes comentários abaixo).
Os ativos de risco estão reagindo de forma clássica aos desenvolvimentos na China, com as bolsas e as commodities em queda, um fortalecimento do dólar no mundo e um fechamento de taxas de juros.
Na agenda do dia, destaque para o IPCA n Brasil. Nos EUA, teremos as Minutas do FOMC como destaque.
Os termos "determinação e perseverança" indicam a continuação do ciclo de alta dos juros. É bastante provável, porém, que, no próximo encontro, o Copom aumente a taxa Selic em apenas 25 pontosbase, elevandoa para 14%. Sinalizações nessa direção serão dadas nas próximas semanas. De qualquer forma, se a decisão do Comitê for promover mais uma elevação de 50 pontosbase, o comunicado deverá sinalizar que o ciclo está perto do fim ou já acabou. Para integrantes do Copom, o hiato do produto está se ampliando, diminuindo a necessidade de continuidade do aperto.
Por hora, o Brasil está na garupa dos eventos externos. Ainda mantenho minha visão de que ocorreu uma piora não desprezível de cenário político e econômico local, que ainda não me parecem totalmente precificados nos ativos brasileiros (bolsa e câmbio), mas tenho aumentado minha convicção para elevar a posição aplicada no mercado local de juros. Neste ambiente, seria natural observar algum movimento de steepening da curva.
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