The Sintra Pact is Here!

Os ativos de risco estão dando continuidade aos movimentos verificados ontem. Destaque para a abertura das taxas de juros nos países desenvolvidos. As bolsas mostraram leve altas, assim como as commodities. O dólar opera em queda e os mercados emergentes aparentam estabilização.
Os movimentos recentes podem ser caracterizados como uma alternância, talvez evolução, ao “reflation”. Na ausência de dados concretos de inflação mais elevada, contudo, o “reflation” parece ter dado lugar ao “rate normalization”. Caso os números econômicos continuem mostrando uma economia global saudável, sem sinais claros de desaceleração mais acentuada, com um mercado de trabalho em recuperação no mundo desenvolvido, e uma inflação ascendente, mesmo que gradualmente, parece que será suficiente para ao principais bancos centrais do mundo mantenham a postura recente visando uma normalização monetária.
Tenho explorado bastante este tema em meus últimos comentários, já que vejo essa mudança de postura como bastante relevante para o cenário econômico global e para os mercados financeiros. Continuo alocado neste tema através de posições tomadas nas taxas de juros dos EUA, tendo adicionado recentemente posições via opções, cujas vols implícitas se mostravam historicamente baixas, tornando a alocação atrativa do ponto de vista de risco/retorno. A estratégia não vinha sendo acertada, como alertei aqui há algumas semanas atrás, mas começa a fazer sentido novamente. Mantenho minha visão e as recomendações de alocação inalteradas neste momento.
O DB resumiu bem está mudança de postura por parte dos principais BCs ao redor do mundo:
Global co-ordination, the “Sintra pact” is here – the final change emerging is a co-ordinated shift by developed world central banks in a more hawkish direction, all apparent in rhetoric from the ECB, Fed, Bank of Canada, Bank of England and likely others in coming weeks (let’s call it “the Sintra pact”). This global co-ordination was implicitly confirmed by Draghi’s little-cited comment in the central banker Sintra panel yesterday where he noted the importance of G20 central bank co-ordination in keeping market volatility low. The implicit message here is that if all central banks sound hawkish at the same time then monetary policy divergence, and therefore FX volatility, will stay low. The problem with this “convergence” story however is that the Fed is already in a tightening flight mid-air with other central banks just about to take off the runway. With the next big question for the market the timing of a Fed "landing", hawkish co-ordination in such an environment can do serious damage to the dollar.
No Brasil, a CCJ do Senado aprovou o texto base da Reforma Trabalhista, que agora irá ao Plenário. A expectativa é para a aprovação da Reforma. Está deverá ser a última grande Reforma deste governo, já que a Previdência dificilmente sairá da Câmara, pelo menos na forma como é hoje.
Hoje pela manhã, o CMN deverá anunciar a meta de inflação. Existe uma expectativa grande re revisão da meta de 4,5% para 4,25% em 2019.
Continuo recomendando alocações na parte curta da curva nominal de juros (até o Jan19) aliada a hedges via estruturas de dólar e comprado em inflação implícita na parte intermediária da curva.

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