Economic Goldilocks. Rate Normalization. Higher Vol. / Brasil: Eleições 2018 ganham corpo no debate político.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento. A agenda do dia será um pouco mais agitada, com Personal Income, Personal Spending e Core PCE, nos EUA, como destaque.
Na China, PMI Manufacturing de junho subiu de 51,2 para 51,7 pontos, acima das expectativas de 51,0 pontos. O número mostra uma economia estável e saudável. Com este pano de fundo, continua mantido o cenário global de crescimento saudável, com flutuações em torno da tendência. Ainda não há sinais claros de aceleração da inflação, mas sim um processo gradual de elevação, de normalização.
A despeito de este ambiente ser considerado positivo em termos econômicos, o que ficou com a alcunha de “goldilocks”, o mercado passou a ler isso como um entrave à continuidade de apreciação dos ativos de risco, de uma forma geral. Isso ocorre, basicamente, pelo movimento coordenado dos bancos centrais no G10 na direção de dar continuidade ao processo de normalização monetária, ou seja, de redução do excesso de liquidez no mundo.
Assim, fica mantido um ambiente econômico relativamente estável, de crescimento saudável, inflação contida (mesmo que ascendente) e um processo gradual de normalização monetária. Contudo, no curto-prazo, o mercado continuará a dar atenção, foco, a postura dos bancos centrais. Como os ativos de risco, de maneira geral, apresentavam um quadro de valuation pouco trivial, posição técnica comprometida, e volatilidade excessivamente baixa para os padrões históricos, é natural esperar que esta “nova ordem” global dos bancos centrais traga algum ajuste, mesmo que pontual. Ainda estou na fase de identificar se este ajuste será apenas pontual ou se poderemos entrar em uma tendência mais prolongada de baixos retornos, ou retornos negativos dos ativos de risco.
No Brasil, não há novidades relevantes no cenário. O quadro político segue, de certa forma, paralisado. O quadro econômico continua estável, com inflação baixa, crescimento fragilizado, contas públicas preocupantes e contas externas tranquilas.
Estive nas últimas 24 horas com alguns analistas políticos, e todos eles já estão voltando suas atenções para as eleições presidenciais de 2018. Cresce, de forma acelerada, o debate em torno dos candidatos e possíveis vitoriosos neste pleito. Existe um receio crescente, que me surpreende pelo timing adiantado, de que Lula possa ser candidato e, neste cenário, um candidato extremamente competitivo, com chances reais e concretas de vitória. Ainda não surgiu um nome forte capaz de supera-lo, caso as eleições fossem no curto-prazo. A maior chance de enfraquece-lo seria, neste momento, a sua inelegibilidade, por condenação na justiça em segunda instância, o que ainda não ocorreu.




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