Brasil: CIDE e Defesa de Temer.

Os ativos de risco estão dando continuidade aos movimentos verificados ontem. A abertura de taxas de juros nos países desenvolvidos está colocando alguma pressão nas bolsas. O dólar opera sem tendência definida, assim como as commodities.
A agenda econômica do dia será relativamente esvaziada.
No Brasil, os jornais estão dando destaque à defesa realizada pelo Presidente Michel Temer em cadeia nacional. O cenário base segue de manutenção deste governo, enfraquecido, e sem poder de avançar nas principais reformas estruturantes para o país. Pelo menos, a equipe econômica deverá ser mantida o que, no mínimo, evita uma agenda mais populista e heterodoxa.
Neste ambiente, a dinâmica dos mercados externos acaba sendo bastante importante para a direção dos ativos locais. Por isso, tenho concentrado esforços na parte curta da curva de juros, onde o cenário cíclico de baixa inflação corrente, expectativas de inflação contidas, recuperação lenta do crescimento, hiato do produto aberto e mercado de trabalho fragilizado, deverá manter o Banco Central em um caminho de corte da taxa Selic, que ainda não me parece totalmente precificada pela curva de juros.
Os jornais falam também da possibilidade de implementação da CIDE para fins de cumprimento da meta fiscal deste ano. Na ausência de receitas extraordinárias adicionais, com uma expectativa minguante de recuperação da arrecadação, irá restar ao governo o aumento de impostos. Na atual conjuntura política, a equipe econômica é obrigada a buscar impostos viáveis, sem o aval co Congresso, cuja arrecadação seja relevante e imediata (ou quase imediata).

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