Sinais mais positivos.
Os ativos de risco estão dando sinais
mais positivos neste começo de semana. Neste momento, o petróleo sobe 1%, o dólar apresenta queda generalizada, porém
concentrada contra EM, as bolsas sobem ao redor do mundo e as taxas de juros
apresentam abertura de taxas no mundo desenvolvido. Os movimentos podem ser
classificados como de leve “risk-on”.
Continuo vendo um cenário econômico
global relativamente estável. Estava um pouco mais cauteloso com a dinâmica dos
ativos de risco. O mercado mostrou estabilização desde sexta-feira, o que me
traz algum conforto. Prefiro manter uma postura neutra, voltada para temas
específicos, neste momento, com a busca de alguns hedges, por ver o mercado sem grandes tendências claras e com
preços pouco atrativos. Mantenho posição aplicada na curva curta de juros no
Brasil e tomado na curva de juros nos EUA. Como hedge, mantenho estruturas
altistas de dólar (BRL) e compra de inflação implícita na parte intermediária
da curva. Assim como puts de S&P.
Ao longo do final de semana, o Banco
Central da Itália conseguiu
organizar uma espécie de “bail-out” de
dos bancos regionais, evitando a quebra de ambos e a necessidade de um “bail-in”. Este movimento acabou trazendo
alívio aos mercados da região, que na sexta-feira já esperavam a “quebra” dos
dois bancos e a necessidade de algum tipo de “bail-in”, com default de
parte dos bonds de ambas as
instituições. O modelo de resgate adotado acabou sendo mais brando do que o
imaginado, evitando perdas maiores para os investidores das duas instituições e
evitando uma corrida bancária no país. De qualquer maneira, este episódio lembra
ao mercado como existem ainda “esqueletos” ao redor do mundo, muitos ainda
fruto da crise de 2008 nos EUA e de 2011/12 na Europa.
Na Alemanha, o IFO –
um dos mais importantes indicadores de confiança de todo a Europa – apresentou nova
alta, atingindo um novo pico histórico. O número mostra uma economia saudável e
um cenário econômico praticamente inalterado. Segundo
o Morgan Stanley: Above
consensus and our expectations, the Ifo headline business climate
increased by 0.5 points to 115.1 in June. This marks a new all-time high, after
already breaking historical records last month. The index now stands at 1.9 SD
above its LTA. The headline print underlines the strong
outlook for the remainder of 2017. The headline number was driven by both
current conditions as well as expectations. In detail, current conditions improved by
0.9 points to 124.1, which also marks a new record high. In other words,
current conditions are now standing at 2.1 SD above LTA. Expectations increased
slightly by 0.3 points to 106.8, and continue pointing to an optimistic outlook
for the rest of the year. Sentiment in manufacturing remained at cyclical
highs. The strong manufacturing sentiment was complemented by an
improvement in retail and wholesale, while construction sentiment corrected
somewhat.
No Brasil a Revista Isto É publicou em seu site na internet, na noite
de ontem, que o juiz Sergio Moro irá condenar o ex presidente Lula por cerca de
22 anos de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, referente as
investigações do Triplex no Guarujá. Se confirmada a condenação, seria o
primeiro passo para uma possível inelegibilidade de Lula. Para deixar de ser “Ficha
Limpa” e se tornar inelegível, Lula precisaria ser condenado em segunda
instância. Não há prazo para a sentença de Moro e nem para a confirmação (ou
não) em segunda instância. Os mercados financeiros locais tendem a ver uma
possível condenação como positiva, pois reduzem os riscos de medidas econômicas
drásticas após as eleições presidenciais de 2018, já que Lula ainda se mostra
um candidato bastante competitivo segundo pesquisas rrecentes.
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