Brasil: Inflação cadente.
Os mercados financeiros
globais seguiram o roteiro esperado após as reuniões do BoJ e do Fed, com movimentos
de alocação em ativos de risco: USD fraco, fechamento de taxas de juros, alta
nas bolsas e nas commodities. Salvo movimentos pontuais de realização de lucros
que, na ausência de mudanças substanciais de cenário devem ser realizações
curtas e pouco acentuadas, o cenário deve continuar construtivo no curto-prazo.
Tenho a impressão que a
volatilidade que assolou o mercado no início de setembro parece ter ajudado a
melhorar o quadro técnico do mercado, aumentando ainda mais o espaço para um
bom desempenho dos ativos de risco.
O destaque no Brasil
ficou sem dúvida alguma para o IPCA-15, que apresentou alta de 0,23% MoM, muito
abaixo das expectativas de 0,33% MoM. O qualitativo do número mostrou recuo de alimentação
e serviços, com os núcleos e o índice de difusão em queda. Grande parte da
surpresa positiva, contudo, ficou por conta da queda em alimentação, que tende
a ser mais volátil, e cujas coletas já apontam para um arrefecimento.
Na minha visão, o cenário
base, neste momento, é de queda de 25bps no próximo Copom, com risco de queda
de 50bps.
Mantenho minha visão de
mercado inalterada. Salvo algum
evento fora do radar, parece que retornamos ao cenário de busca por carry/yield
que prevaleceu até algumas semanas atrás. Para ajudar ainda mais positivamente
o cenário, as condições para um ciclo de queda de juros no Brasil estão se
materializando, e o ajuste fiscal caminha a passos largos.
Acredito que seja a hora de alongar duration na
carteira de Brasil, mantendo estruturas de opção para a queda de juros em
outubro. O ambiente ainda se mostra construtivo para o BRL e o Ibovespa, a
despeito de realizações de lucro pontuais. O Brasil continua a ser o grande
favorecido do atual cenário econômico global.
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