Ativos de risco de ajustam ao Fed.
Estamos vendo ao longo desta quinta-feira algum movimento de
ajuste do mercado a possibilidade de uma alta de juros por parte do Fed, mais
cedo do que tarde.
O dólar se fortalece, especialmente contra EM, as taxas de juros
norte americanas abrem taxas, ao mesmo tempo em que vemos alguma pressão sobre
o mercado global de renda variável. Os metais preciosos caem, mas o petróleo
opera em forte alta, após a divulgação de uma acentuada queda dos estoques
semanais (em muito fruto do furacão que atingiu os EUA).
No Brasil, a curva de juros apresenta leve movimento de steepening, com o mercado ajustando seu
portfólio para a possibilidade de uma queda de juros no curto-prazo. O BRL
apresenta um desempenho relativo bastante positivo e animador.
O ECB, na Europa, optou
por não divulgar nenhuma nova medida na reunião realizada está manhã.
Acredito que o
movimento de hoje seja natural e saudável, especialmente frente a baixíssima
probabilidade embutida no mercado para uma alta de juros pelo Fed ainda este
mês (e ao longo de todo este final de ano). Acredito que, mesmo se o Fed optar
por uma alta de juros este mês, será um “dovish
hike”. Não vejo um alta pontual de juros nos EUA como capaz de alterar
completamente a dinâmica dos ativos de risco. Minha visão terá que ser reavaliada,
apenas, caso comecemos a ver sinais mais claros e acentuados de inflação nos
EUA, ou um cenário de piora mais acentuada do crescimento global.
Parece que continuamos
em um cenário de baixo crescimento global, com flutuações em torno da tendência,
sem riscos aparentes de recessão mundial. Os investidores continuam a ver este
ambiente como positivo para ativos de risco, em especial aqueles que oferecem yield/carry atrativos com histórias
econômicas positivas (ou em vias de recuperação). Caso os números recentes da
economia mundial elevem os riscos de um período mais prolongado, ou acentuado,
de crescimento mais baixo, ou recessão, este ambiente será profundamente
testado.
Continuo favorecendo o
mercado de renda fixa emergentes, em especial no Brasil, optando por plays relativos no mercado de moedas
(Long BRL VS Short Commodity Currencies) e alguns hedges no mercado de
renda variável global.
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