DB (ainda) em foco.

Acho prudente trabalhar com uma menor exposição a risco (ou hedges mais agressivos no mercado externo), a espera de melhores pontos de entrada na alocação dos mercados locais, especialmente do mercado de juros. Acredito que a posição técnica tenha piorado nos últimos dias (ou semanas), o que pode acabar trazer volatilidade e oportunidades de investimento.

Ainda vejo os problemas do DB como pontuais e localizados, mas dado o potencial de contágio para o resto do mundo, e minha falta de informação sobre o tema, prefiro manter postura mais cautelosa no curto-prazo.

O banco (DB) vem sendo foco de especulações há vários meses, com suas ações e títulos de dívida sofrendo de maneira acentuada neste processo. Não parece haver uma solução simples, fácil ou, até mesmo factível, no curto-prazo, para dirimir totalmente os problemas de liquidez, solvência e capital requerido pelas novas regras globais. O banco é sim um “risco de cauda” (e um “risco sistêmico”) para os mercados financeiros globais caso não consiga administrar seus problemas de maneira suave e transparente.

Infelizmente, meu conhecimento em relação à situação da instituição é baixo, mas acho válido fazermos algumas reflexões. Acredito que o DB se encaixa no rol de instituições “Too Big To Fail”. Na minha visão, os policy makers não deixarão o banco, de fato, “quebrar”. Contudo, tenho dúvidas de quanto à instituição, e os mercados financeiros globais, precisarão sofrer antes que uma atuação mais assertiva seja tomada pelas autoridades. O timing dos políticos geralmente é diferente do timing dos mercados. Suas ações dependem de uma série de questões (regulamentação, moral hazard e etc). De qualquer maneira, acredito que o que ocorreu com a Lehman (e suas consequências para o mundo) tenha sido um exemplo que ninguém queira repetir. Tenho dúvidas, contudo, na velocidade que este processo poderá ser definido.

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