Reloading some hedges / Keeping Long Brazil.
A semana começou com uma forte recuperação dos ativos de risco,
liderados por uma alta nas bolsas norte americanas. O dia foi de poucas
novidades do ponto de vista econômico. O discurso de Lael Brainard, do Fed, que
manteve o tom dovish que vem sendo
regra em seus comentários públicos, o que levou o mercado a reduzir a
probabilidade de uma alta de juros já em setembro ou, até mesmo, em todo este
final de ano.
Minha visão é de que o mercado continua bastante técnico. Os
movimentos de curto-prazo são mais explicados por posições, valuations e modelos de gestão (Risk
Parity, CTA entre outros) do que por questões fundamentais propriamente ditas.
Acredito que o período de volatilidade baixa ficou para traz.
Devemos ter um período de maior incerteza e maiores movimentações nos preços
dos ativos de risco. Este cenário requer uma concentração de risco em ativos de
maior qualidade, ou com yields e valuations que permitam “aturar um maior
desaforo” nos movimentos de piora dos mercados financeiros globais.
Estou recompondo parte (ou grande parte) dos hedges reduzimos na sexta-feira, mas
mantendo uma alocação relevante no mercado de juros local. Continuo apenas com
posições relativas no mercado de moedas (Long BRL vs Commodity Currencies) e
utilizano o mercado de opções em renda variável como parte do hedge.
Um breve estudo das cotas dos fundos locais mostra um mercado
com posições relevantes em risco Brasil, o que acaba demandando alguma cautela.
Contudo, o cenário para o país, como já comentado neste fórum pela manhã,
justifica posições nesta direção.
Continuo tendo como cenário central um baixo crescimento global,
com flutuações em torno da tendência, mas sem riscos iminentes de recessão. Na
margem, teremos que lidar com o risco, ou podemos classificar como ruído, de
taxas de juros de mercado mais elevadas no mundo desenvolvido. Ainda acho cedo
para ter conclusões mais definitivas se estamos em um ponto de inflexão da
política monetária do mundo desenvolvido, ou apenas em mais um período de
realização de lucros, ajuste de posições e de preços.
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