G20 e Eleições Americanas.

As vésperas de um feriado nos EUA, o final de semana foi de relativa tranquilidade.

Na China, onde é realizada mais uma reunião do G20, a mídia está reportando a ausência de decisões e ações mais concretas com o intuito de retomar o crescimento global. O WSJ traz um artigo de capa que consegue traduzir bem a ausência de consensos neste tipo de fórum. Abaixo, segue uma breve passagem do artigo.

G-20 Leaders Challenged to Find Effective Plan to Reignite World Growth
The G-20, which represents 85% of the world economy, had its biggest impact eight years ago when a summit was hastily arranged to address a single goal: preventing financial market mayhem. Now, the gathering risks losing focus with each country promoting its own views and pet projects, at a time growth is losing steam and frustration with globalization is rising.
“We face the very fundamental challenge of restoring public trust in economic reform and world trade,” Australia Prime Minister  Malcolm Turnbull said.
The International Monetary Fund says the reliance on low interest rates to bolster growth can’t continue and last week said it expects to again reduce its forecast for a 3.1% global expansion in 2016.
Behind closed doors, diplomats say the lengthy communiqué reflects how varied interests are among G-20 members. They have spent days negotiating contentious parts of the document, including how to reduce greenhouse-gas emissions and what forms of energy to use. “Each country had their own preference—Saudi Arabia still wants to use oil, while others want renewables or nuclear energy,” the European official said.
De maneira geral, não existia nenhuma expectativa de ações concretas desta reunião. Contudo, ainda me surpreende a esperança que o mercado coloca na possibilidade de medidas conjuntas, ou agressivas, no âmbito fiscal, a fim de ajudar a política monetária no combate ao baixo crescimento global. Reforço minha visão já esboçada neste fórum diversas vezes. Os governantes costumam ser reativos, e não proativos. O timing de atuação difere em muito das demandas de “Wall Street”. Assim, as medidas concretas só costumam serem adotadas depois de esgotadas todas as outras medidas. Espero que o peso do estímulo econômico continue recaindo sobre a política monetária que, por sua vez, parece a cada dia menos potente.

Não há necessidade de pânico, no momento. A economia global continua com crescimento baixo, porém estável, com flutuações em torno da tendência. O mercado continua a ver um cenário de crescimento baixo, mas sem risco concreto de recessão, com flutuações em torno desta tendência, como um cenário positivo para ativos de carry/yields. Este cenário deverá prevalecer até que este cenário seja testado, ou pela elevação do risco de recessão, ou pela manutenção da promessa do Fed em elevar os juros caso o cenário permaneça em linha com os dados recentes.

Nos EUA, segundo o Zero Hedge – um blog reconhecidamente negativo e exagerado – está reportando que uma nova pesquisa Reuters coloca Trump na frente de Hillary na corrida a presidência dos EUA:

It appears another "oh shit" moment looms for the Clinton campaign. Having 'tweaked' their polling in July (to remove the slient majority), helping to push Hillary Clinton to a reportedly insurmountable lead Reuters/Ipsos latest poll shows Donald Trump has now taken the lead nationally, after having been 12 points behind on August 22nd.


No Brasil, os jornais do final de semana continuam ventilando as possíveis reformas que serão apresentadas por Temer. Além disso, mostram a relação que está se criando em o PMDB de Temer, o PMDB de oposição e partidos da base aliada, como o PSDB. Não há novidades relevantes na frente política ou econômica local.

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