China, Posição Técnica e Reformas no Brasil.
Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira com viés mais negativo, a despeito de dados econômicos na China levemente acima das expectativas, como podemos ver na tabela abaixo:
Announced: Tuesday, 13 Sep 2016
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Aug data
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IP
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FAI ytd
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FAI*
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Retail sales
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% yoy
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% yoy
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% yoy
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% yoy
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Actual
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6.3
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8.1
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8.1
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10.6
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Previous
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6.0
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8.1
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3.9
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10.2
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Consensus
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6.2
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7.9
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10.2
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Os números, por um lado, afastam o risco de uma desaceleração mais acentuada da economia no curto-prazo, reduzindo o risco de uma recessão global. Por outro lado, contudo, mostra uma economia global relativamente estável, o que reduz a necessidade de políticas monetárias ainda mais expansionistas no mundo desenvolvido.
Eu mantenho minha visão mais cautelosa para os ativos de risco no curto-prazo, mesmo que mantendo uma posição relevante no mercado local de juros. Pretendo exercer está cautela através de ajustes ativos na carteira de hedge dos portfólios.
Reforço minha visão descrita na tarde de ontem:
Minha visão é de que o mercado continua bastante técnico. Os movimentos de curto-prazo são mais explicados por posições, valuations e modelos de gestão (Risk Parity, CTA entre outros) do que por questões fundamentais propriamente ditas. Acredito que o período de volatilidade baixa ficou para traz. Devemos ter um período de maior incerteza e maiores movimentações nos preços dos ativos de risco. Este cenário requer uma concentração de risco em ativos de maior qualidade, o com yields e valuations que permitam “aturar um maior desaforo” nos movimentos de piora dos mercados financeiros globais. Estou recompondo parte (ou grande parte) dos hedges reduzimos na sexta-feira, mas mantendo uma alocação relevante no mercado de juros local. Continuo apenas com posições relativas no mercado de moedas (Long BRL vs Commodity Currencies) e utilizando o mercado de opções em renda variável como parte do book hedge.
Segundo a Merril Lynch a posição técnica dos ativos de risco ainda é relativamente saudável, a despeito da concentração de posições em alguns temas específicos (“NIRP-winners”):
FMS cash levels remain high
FMS cash levels up from 5.4% to 5.5% in Sept, at higher end of 4.2% to 5.8% range since 2013 "taper tantrum". Asked why cash so high, two most popular reasons: "bearish view on markets" (42%), "preference for cash over low-yielding equivalents" (20%).
FMS equity allocation down and low
FMS equity allocation cut to flat (which is 1SD below FMS historic norm); equity allocation relative to cash allocation at levels which have historically been good entry point to stocks. Risk parity remains a potential source of risk unwind but Sept FMS does not reveal "max greed" normally associated with big pullbacks.
Unambiguous vulnerability to "bond shock"
Risk assets nonetheless vulnerable to "bond shock": 83% believe BoJ & ECB will maintain negative rates next 12 months, 82% admit bond prices in DM "frothy", Treasuries seen as biggest driver of stock prices next 6 months. Note FMS hedge fund exposure to stocks jumped to highest since May'13 "taper tantrum". Combined valuation of bonds & stocks close to all-time high (overvaluation of stocks highest since May'00).
Most vulnerable longs are all "NIRP-winners"
Most crowded trades are all "NIRP-winners": long High Quality stocks; long US/EU Corporate bonds; long EM debt. Sept FMS shows first meaningful reduction in bond proxy exposure (staples, utilities, telcos - Exhibit 1), as well as reduction in "high growth" US market. But both REITs & tech remain big stubborn longs, and EM equity OW highest in 3.5 years. All vulnerable should Fed and especially BoJ fail to reduce bond vol in Sept.
Japan, a "NIRP-loser", the contrarian "vacant trade"
In contrast, Japan = biggest UW since Dec'12 = tempting contrarian "vacant trade" given impressive Sept JPY stability. Other big FMS shorts are sterling, UK stocks, and global resources. Contrarians would pair these against the big Sept FMS longs of EM, REITs, tech & discretionary. Autumn catalyst for rotation from NIRP winners to losers remains exclusively a "good" rise in rates driven by macro or fiscal policy.
No Brasil, Meirelles parece confiante com a aprovação da PEC do Teto do Gasto, segundo a Folha:
"Comparado com a ansiedade de todos nós, está devagar. Mas, comparado com o fato de que é a primeira reforma constitucional que endereça e ataca o problema dos gastos desde a Constituinte de 1988, está indo rapidíssimo, numa velocidade estonteante. Mudanças constitucionais não se fazem em semanas em nenhum lugar do mundo, a não ser em países ditatoriais."
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