Stabilizing...but still signs of fragilty.

Os ativos da Ásia tiveram mais uma noite de pressão, mas os mercados estão apresentando novos sinais de estabilização nesta manhã na Europa e nos EUA. Os bonds dos países desenvolvidos voltaram a abrir taxas. Por um lado, este movimento indica menor viés negativo dos mercados. Por outro lado, contudo, se a abertura das taxas de juros tornar-se mais acentuada, pode vir a pressionar, novamente, os demais ativos de risco. Ainda vejo sinais claros de fragilidade nos ativos de risco, a despeito dos sinais de estabilização.

Será fundamental observar como essa correlação entre os bonds dos países desenvolvidos, e os demais ativos globais de risco, irá se desenvolver de agora em diante. Na minha visão, o segredo está na velocidade do movimento. Uma abertura mais rápida e acentuada das curvas longas de juros no mundo desenvolvido não será bem vista pelos demais ativos de risco. Aberturas de taxas de juros mais ordenadas e graduais devem trazer de volta as correlações do passado.

A agenda do dia será bastante carregada, com Retail Sales, Jobless Claims, PPI, Philadelphia Fed e Industrial Production nos EUA.

Na tarde de ontem, o ex presidente Lula foi formalmente denunciado pelo MPF. Agora, resta ao legislativo acatar ou não a denuncia para, só então, começar o julgamento dos fatos pelo judiciário. A denúncia não significa condenação, ou certeza de que algum crime foi cometido. Contudo, é notório que coloca Lula em situação extremamente delicada, especialmente no tocante a sua força política. O PT parece perder cada vez mais poder político e uma nova eleição de algum membro do partido, para cargo executivo, será cada vez mais complicada, especialmente agora, com Lula sendo formalmente denunciado.

Ainda no Brasil, o governo se vê frente a um grande problema junto a alguns estados do Norte e Nordeste. Como bem resumiu artigo do Correio Brasiliense:

Entre a cruz e a espada - Se ajudar estados quebrados, Temer pode comprometer a meta fiscal. Se negar socorro, terá dificuldade no Congresso com as reformas.


Acho válido reduzir duration, mas não posição, no mercado local de juros. Entendo que oshape da curva já tenha inclinado bastante nos últimos dias. Contudo, o cenário externo inspira cuidado. Nos atuais níveis, e com o cenário que temos de política monetária, inflação e atividade, o DI Janeiro 19 me parece o melhor vértice para carregar. Ainda teremos volatilidade pela frente. Os níveis parecem atrativos, mas a posição técnica ainda aparenta estar “esticada”, a despeito de alguma melhora nos últimos dias. Finalmente, já começo a achar válido buscar opcionalidades de alta para a bolsa local. Mantenho viés tático no BRL. Continuo com hedges nos mercados globais de renda variável. 

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