Ataques Terroristas, Lone Wolf e Trump.
Enquanto esperamos as decisões do Fed e do BoJ (ao longo da semana comentamos mais a fundo sobre ambos), o final de semana nos trouxe algumas notícias que podem parecer pouco relevantes, mas com potenciais de gerar ruídos adicionais no curto-prazo.
No sábado à noite, uma bomba caseira explodiu numas das áreas mais agitadas dos EUA, em NY. Outro artefato foi achado a poucos metros do local, mas conseguiu ser desarmado pela polícia. Não houve vitimas fatais, mas cerca de 30 feridos. Até o presente momento, não há evidencias de que o ato tenha sido feito por algum grupo terrorista de fato, mas talvez por mais um “lone wolf”, ou “lobo solitário”.
Contudo, em Minnesota, um ataque a facas em um shopping center deixou 8 feridos. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
Em termos práticos, os eventos deste final de semana apenas confirmam a nova ordem mundial. Neste cenário, a guerra contra os terroristas não se dá mais em campos de batalhas, mas em centros urbanos, com ataques mais pontuais e localizados, realizados por indivíduos simpáticos aos movimentos radicais, e que acabam sendo recrutados ao redor do mundo (inclusive no mundo ocidental).
Na minha visão, os ataques fortalecem ainda mais a candidatura de Trump a presidência dos EUA, por seu discurso mais radical, e mais duro no tocante ao combate aos terroristas e aos imigrantes ilegais. Nas últimas semanas, vimos uma queda acentuada da diferença entre Hillary e Trump nas pesquisas para presidente. Os ataques de hoje, acredito, devem manter está tendência. Os mercados financeiros globais não deveriam ver com bons olhos este movimento, especialmente em um ambiente já fragilizado.
No Brasil, a revista Época afirmou que a delação premiada da Odebrecht poderá incluir um capítulo para Michel Temer. Acredito que seja cedo para fazer qualquer comentário a respeito de algo do gênero, mas a Lava Jato sempre foi, e continuará sendo, um risco para o atual governo.
Em entrevista para o Estadão, Eduardo Cunha volta seu arsenal contra Moreira Franco, homem de confiança de Michel Temer. Caso algo seja comprovado, Temer já deixou muito claro como lida com este tipo de situação, vide o que ocorreu com Romero Jucá. A pessoa em questão tende a ser afastada oficialmente do governo, mas não deixa de prestar suporte ao presidente.
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