Reducing some hedges, keeping Long Brazil but be defensive short term.
Tivemos mais um dia bastante técnico para os mercados
financeiros globais e locais. Não há nada diferente do que temos descrito neste
fórum nos últimos dias. Um movimento de queda nas bolsas, em conjunto com uma
queda dos bonds (abertura de taxas)
acabou levando a um movimento clássico de risk-off,
com alta do dólar e queda das commodities.
Está ocorrendo uma reavaliação do mercado, ou um certo receio,
de que política monetária nos países desenvolvidos possa ter chegado a um
limite e, de agora em diante, poderíamos ter uma reavaliação de algumas
políticas expansionistas, como QE, taxas de juros negativas e etc
(especialmente no japão). Adicionado a isso, viemos de um período de cerca de 2
a 3 meses de volatilidades baixas, que acabou induzindo muitos investidores a
alocar (mais) risco em suas carteiras. Quando a volatilidade do mercado
aumenta, em um ambiente em que algumas correlações são “quebradas”, como bolsas
caindo ao mesmo tempo em que os bonds
caem (abrem taxas), acaba exacerbando os movimentos de curto-prazo. Como o
Brasil é um país cujos ativos são líquidos, e onde existia uma alocação a risco
desprezível (vide a cota dos fundos locais nos últimos dias), isso acaba
levando a pioras mais rápidas e acentuadas dos ativos do país.
Continuo acreditando que o período de baixa volatilidade ficou
para trás. Teremos, com mais frequência, movimentos rápidos e acentuadas, tanto
de piora, como de melhora dos ativos de risco. Olhando a dinâmica dos mercados
financeiros globais nos últimos dias, acredito que poderemos ter mais
sofrimento pela frente. Os investidores passaram todo o verão do hemisfério
norte adicionando risco em suas carteiras, não me parece que irão ajustar suas
posições em apenas 2 dias.
Ao contrário do que eu imaginava, o mercado local de juros não
está sendo capaz de “descolar” do forte movimento global de deterioração dos
ativos de risco. Para isso acontecer, será necessária uma queda da
volatilidade, o que não parece que ocorrerá no curtíssimo-prazo. De qualquer
maneira, acredito que seja o momento de reduzir alguns hedges novamente, mas manter boas opcionalidades para caso a
deterioração continua no curto-prazo (o que me parece que deverá acontecer),
além de manter espaço na parte mais alocativa (de longo-prazo) das carteiras,
para adicionar risco caso vejamos um movimento adicional de deterioração dos
mercados financeiros locais.
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