Grécia em foco: Aversão a risco controlada.

Os ativos de risco estão reagindo de maneira clássica e negativa aos desenvolvimentos ao longo do final de semana, mas sem qualquer tipo de pânico generalizado, a despeito da aversão a risco verificada esta manhã. Acredito que os instrumentos a disposição, principalmente do ECB, desenvolvidos desde a crise de 2008, estão ajudando a conter a crise grega, evitando um contágio mais generalizado. Acredito que teremos uma semana ainda negativa, mas que o ECB se mostrará pronto a agir caso a situação mostre deterioração adicional e/ou um contágio mais acentuado aos demais ativos da região. A primeira linha de defesa fica por conta do OMT e do QE, instrumentos que seriam capazes de evitar a abertura mais acentuada dos spreads e das taxas de juros dos países periféricos, e que deveriam ser negativos para o EUR, mas positivos para os ativos de risco (já que pressupõe um banco central mais agressivo no curto-prazo).

O país (Grécia) enfrente hoje uma situação de controle de capitais e tem um referendo agendado para o próximo final de semana. Ainda há duvidas se a proposta da EU ainda está válida para o referendo agendado. Um default do empréstimo ao FMI está cada vez mais próximo, mas um acordo ainda é, na teoria, possível.

As bolsas da China tiveram um dia de forte queda (-3%), mesmo após as medidas divulgadas no final de semana (vide abaixo), mostrando um mercado tecnicamente frágil em um ambiente global enfraquecido pelas questões na Grécia.

Na agenda do dia, destaque para o IGP-M no Brasil.

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