Europa em foco
A noite foi de relativa tranquilidade,
já que não há novos desenvolvimentos na Europa. Hoje pela manhã, começamos a observar
alguns sinais de diferenciação dos ativos de risco. A bolsa
da China apresentou alta de 5%,
revertendo parte das perdas verificadas desde a semana passada, Os mercados no
pais estão seguindo uma dinâmica própria e volátil, o que não vem afetando os
demais ativos de risco ao redor do mundo. O dólar dá sinais mais consistentes
de sustentação hoje cedo, em um ambiente em que as bolsas da Europa apresentam
mais uma rodada de queda, mas com uma recuperação das bolsas norte americanas.
A agenda do dia será agitada, com os
números fiscais fechados de maio no Brasil e, nos EUA, destaque para o
S&P/CaseShiler House Prices, Chicago PMI e Consumer Confidence.
Europa – É inegável
que a situação na Grécia irá continuar dominando as atenções do mercado nos
próximos dias. Contudo, a agenda econômica de hoje merece alguma atenção. Na Alemanha, em maio, as vendas no varejo
apresentaram alta de 0,5% MoM, acima das expectativas de estabilidade. A taxa
de desemprego no oapis, em junho, ficou estável em 6,4%, dentro das
expectativas do mercado. Na França,
o Consumer Spending de maio subiu 0,1% MoM, acima das expectativas de -0,2% MoM
em maio. Na Área do Euro, a taxa de
desemprego de maio ficou estável e dentro das expectativas, em 11,1% em maio,
enquanto a primeira prévia do CPI de junho caiu de 0,3% YoY para 0,2% YoY, como
era esperado pelo mercado.
Podemos afirmar que, exceto pela crise
na Grécia, o cenário econômico para a Europa se desenvolvia de maneira bastante
saudável, com um crescimento sólido e uma inflação contida. Com este pano de
fundo, o ECB poderia manter sua política monetária extremamente agressiva,
dando suporte a economia da região. Agora, com os problemas na Grécia se
mostrando mais graves, as condições financeiras na região apresentaram
relevante aperto. É natural que este cenário venha a afetar o crescimento da
região, via o canal de expectativas, principalmente, mas também através de um
menor efeito riqueza/renda, com bolsas em queda e taxas de juros mais altas na
periferia da região. Se isto for verdade, podemos esperar algum tipo de reação
por parte do ECB.
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