Brasil em Foco

O news flow do final de semana foi um tanto quanto negativo. Eduardo Cunha voltou a subir o tom contra o PT e já ameaça a aprovação do fim das desonerações, um importante passo no processo de ajuste fiscal. Ao que tudo indica, o PMDB irá, mais uma vez, “vender caro” a aprovação das novas propostas de ajuste do governo, como tem feito até o presente momento neste segundo mandato da presidente Dilma. O ajuste fiscal tem sido feito de uma maneira não linear e tortuosa, o que tem custado cargos, tempo e poder para o atual governo, mas alguns avanços importantes têm sido conseguidos. Tudo indica que o processo continuará a ser feito nos mesmos moldes do passado recente. Por hora, parece que estamos diante de mais uma rodada de piora nas relações entre o governo e sua base aliada.

Segundo o Valor, a arrecadação de maio surpreendeu negativamente o governo, o que coloca a meta de superávit primário para este ano em xeque. Apenas a elevação de impostos será capaz de ajudar o governo no cumprimento da meta estabelecida para este ano, mas o Congresso parece totalmente avesso a criação de novos impostos. Não é a toa que a possibilidade de rebaixamento do rating do país voltou ao centro do debate.


Ainda de acordo com o Valor, as emendas em torno do aumento da CSLL para o setor bancário fixa o imposto entre 25% e 35%, muito acima dos 20% propostos pelo governo. De acordo com o Congresso, os bancos são os principais beneficiários do atual cenário de juros mais elevado, e deveriam arcar com um percentual maior do ajuste fiscal. A notícia dispensa comentários...

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