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Mostrando postagens de junho, 2015

Update

Os ativos de risco continuam seguindo de perto a saga grega. A Grécia e seus credores voltaram a mesa de negociações o que, à primeira vista, é um sinal positivo de que um acordo ainda seja possível. Todavia, ainda parece existir uma enorme distância entre as demandas dos credores e a disposição da Grécia em atende-las.  Assim, a situação segue fluida, porém indefinida e delicada. Após a surpreendente decisão de cortar os juros e o compulsório para alguns bancos no final de semana, o PBoC, na China , injetou liquidez no mercado durante a noite. A medida é positiva, já que sinaliza aos investidores que o governo não alterou sua postura de dar suporte ao crescimento do país através do canal de menor taxas de juros de mercado. Contudo, o país precisa lidar com um aumento expressivo da alavancagem no seu mercado de renda variável, colocando o governo em situação um tanto quanto ambígua e delicada. Por um lado, precisa garantir um crescimento em torno de 7%, mas por outro lado, necessi

BRL: Rolagem dos swaps cambiais de julho.

O BCB anunciou que irá iniciar a rolagem dos $10,7 bi de swaps cambiais que vencem em julho, em um ritmo de $355mm por dia. Considerando 21 dias úteis, o BCB irá rolar $7,5b, deixando vencer cerca de $3,2b ao final do mês, número superior as $2,6b que está deixando vencer hoje, final do mês de junho. Em um ambiente de fluxos mais positivos e dinâmica favorável da moeda, o BCB está sendo oportunista na rolagem dos swaps cambiais, postura que deverá ser mantida nos próximos meses. Continuo vendo uma apreciação do dólar como um processo natural de ajuste econômico, mas entendo que este processo pode ser acentuado, apenas, quando tivermos uma visão mais clara de que o processo de ajuste de juros nos EUA terá início. Gosto de manter posições compradas em dólar via estruturas de opção, com flys curtas (3200/3300/3400) e call/spreads mais longos (3400/3500).

Europa em foco

A noite foi de relativa tranquilidade, já que não há novos desenvolvimentos na Europa. Hoje pela manhã, começamos a observar alguns sinais de diferenciação dos ativos de risco. A bolsa da China apresentou alta de 5%, revertendo parte das perdas verificadas desde a semana passada, Os mercados no pais estão seguindo uma dinâmica própria e volátil, o que não vem afetando os demais ativos de risco ao redor do mundo. O dólar dá sinais mais consistentes de sustentação hoje cedo, em um ambiente em que as bolsas da Europa apresentam mais uma rodada de queda, mas com uma recuperação das bolsas norte americanas. A agenda do dia será agitada, com os números fiscais fechados de maio no Brasil e, nos EUA, destaque para o S&P/CaseShiler House Prices, Chicago PMI e Consumer Confidence. Europa – É inegável que a situação na Grécia irá continuar dominando as atenções do mercado nos próximos dias. Contudo, a agenda econômica de hoje merece alguma atenção. Na Alemanha , em maio, as vendas

Update

A segunda-feira foi marcada pela digestão dos mercados aos eventos na Grécia no final de semana. Como não houve novidades relevantes no cenário (a bolsa e os bancos locais estão fechado, há limite de resgates nos ATMs, o referendo está confirmado para o dia 5 e a EU se mostra disposta a voltar à mesa de negociações), o dia foi basicamente de acomodação dos ativos a uma nova realidade, com um default iminente e o aumento da probabilidade da saída da Grécia da UE. No mercado de renda variável, a reação foi clássica de aversão a risco, com queda generalizada das bolsas ao redor do mundo. O dia foi de fechamento de taxas de juros nos países desenvolvidos, com abertura de taxas nos países da periferia da Europa e na maioria dos países emergentes. No mercado de câmbio, contudo, a reação foi ambígua, com alguns pares apresentando depreciação contra o USD, enquanto outros pares tiveram um dia de apreciação. Acredito que o movimento seja puramente técnico neste segundo caso. No Brasil

Grécia em foco: Aversão a risco controlada.

Os ativos de risco estão reagindo de maneira clássica e negativa aos desenvolvimentos ao longo do final de semana, mas sem qualquer tipo de pânico generalizado, a despeito da aversão a risco verificada esta manhã. Acredito que os instrumentos a disposição, principalmente do ECB, desenvolvidos desde a crise de 2008, estão ajudando a conter a crise grega, evitando um contágio mais generalizado. Acredito que teremos uma semana ainda negativa, mas que o ECB se mostrará pronto a agir caso a situação mostre deterioração adicional e/ou um contágio mais acentuado aos demais ativos da região. A primeira linha de defesa fica por conta do OMT e do QE, instrumentos que seriam capazes de evitar a abertura mais acentuada dos spreads e das taxas de juros dos países periféricos, e que deveriam ser negativos para o EUR, mas positivos para os ativos de risco (já que pressupõe um banco central mais agressivo no curto-prazo). O país (Grécia) enfrente hoje uma situação de controle de capitais e tem um

Grécia em Foco

O final de semana começou com desenvolvimentos importantes para o cenário econômico global e para o cenário político local. Vamos aos fatos: Grécia – A situação segue delicada e indefinida. O ECB manteve a ELA (linha emergencial para os bancos) ativa, mas não elevou seu montante. Assim, deve ser difícil sustentar a abertura dos bancos nesta segunda-feira, já que os saques durante o final de semana foram expressivos e os bancos locais não terão liquidez para horar uma nova rodada de resgates. O parlamento grego aprovou o referendo para o dia 5 de julho, mas a União Europeia, aparentemente, retirou sua proposta de acordo após a decisão unilateral de Tsipras em convocar o referendo. Neste ambiente, o cenário se torna nebuloso. O que será votado no referendo se não há mais proposta em jogo? Um acordo ainda pode ser atingido, mas parece cada vez mais remoto. A probabilidade de default segue elevadíssima. O Primeiro Ministro grego convocou um referendo, para o dia 5 de julho, com in

Brasil e Grécia: Expressiva deterioração do cenário.

O final de semana começou com desenvolvimentos importantes para o cenário econômico global e para o cenário político local. Vamos aos fatos: Grécia –  O Primeiro Ministro grego convocou um referendo, para o dia 5 de julho, com intuito de aprovar (ou não) um acordo entre o país e seus credores. Do lado dos credores, o anuncio foi de que não houve um acordo nas negociações. Neste exato momento, ainda existe uma enorme incerteza no cenário. Qual será a pergunta feita no referendo? Qual o tipo de propaganda por parte do governo será feita em torno do evento, a favor do acordo, ou contrária à aprovação? O país será capaz de não impor controle de capitais na segunda-feira? As evidências anedóticas mostram filas imensas nos ATMs do país desde a sexta-feira a noite. De todo maneira, a incerteza trazida por este evento deve criar volatilidade e pressão sobre os ativos de risco. A probabilidade de um default se elevou consideravelmente. Espero que os mercados reabram no domingo a noite

Update

Brasil – O dia foi de poucas novidades relevantes no cenário. O Índice de Confiança do Consumidor medido pela FGV apresentou queda de 1,4% em junho, voltando para níveis próximos ao piso recente e histórico do indicador. A curva local de juros reagiu positivamente ao anuncio da revisão da banda da meta de inflação para 2017, com um movimento de fechamento de taxas e flattening . A inflação de curto-prazo ainda inspira cuidado, enquanto os indicadores de atividade apontam para uma recessão ainda mais profunda do que o antecipado. O quadro fiscal se coloca a cada dia mais desafiador. Neste ambiente, mesmo acreditando que o país está no caminho de colher juros mais baixos em um futuro não muito distante, acredito que as posições no mercado de juros devem ser táticas. Continuo acreditando na alta do dólar como um caminho natural no processo de ajuste econômico. Grécia – O final de semana será decisivo para uma possível extensão do acordo entre a Grécia e seus credores. As diferenç

China: Forte queda na bolsa

O destaque da noite ficou por conta de uma queda rápida e acentuada das bolsas na  China , com o  Shangai Composite  caindo 7,4%. Este movimento está ajudando a dar um leve clima de aversão a risco aos mercados financeiros globais nesta sexta-feira, com o dólar forte, as commodities e bolsas globais em leve queda e com o ouro em alta, em um claro sinal de desconforto do mercado com relação a situação na China. Não há nenhum motivo específico para a queda da bolsa chinesa, mas uma rodada de IPO´s mau digeridos, aliada a incerteza em relação a política monetária que será adotada no país de agora em diante, e um cenário de aperto das condições financeiras locais são alguns dos vetores que ajudaram o movimento ao longo dos últimos dias. Vale a pena lembrar, também, que as bolsas do país apresentaram forte alta ao longo dos últimos meses, mesmo diante de fundamentos econômicos fragilizados. Neste ambiente, é natural que correções/realizações de lucro venham a ocorrer. Como a dinâmica d

Brasil: Desemprego em alta e desafios fiscais

Brasil – A quinta-feira trouxe novos sinais de deterioração da situação econômica do país. A Taxa de Desemprego subiu de 6,4% para 6,7% em maio, com mais um mês de forte retração do rendimento médio real dos trabalhadores. A arrecadação de maio ficou aquém das expectativas, em R$91,5 bi, e o superávit primário do governo central apresentou déficit de R$8,1 bi, superior às expectativas de déficit de R$7,1 bi. Fica cada vez mais evidente o enorme desafio que será para promover um ajuste econômico, especialmente no tocante as contas públicas. Os ativos locais reagiram de maneira negativa aos números econômicos divulgados hoje, assim como a notícia de um habeas corpus (HC) para evitar uma potencial prisão do ex-presidente Lula. Ao longo do dia, ficou claro que o pedido de HC foi feito por terceiros, sem qualquer relação com Lula. Ainda do ponto de vista político, a PF deu início a uma nova fase da Operação Acrônimo, que investiga possíveis irregularidades na campanha para o governo d

Brasil: Nova derrota do governo.

A Grécia anunciou agora a pouco que entregou uma nova proposta a seus credores para que evoluam no processo de liberação de mais uma tranche do pacote de ajuda financeira ao país. Ao que tudo indica, neste momento, “a bola está do lado” dos credores. Ao que tudo indica, parece haver disposição política para que um acordo seja efetuado, mas as próximas horas reservam fortes emoções aos mercados. Ainda acredito que um acordo seja a estratégia mais favorável a ambos os lados e ainda trabalho com este cenário base. Contudo, não podemos descartar um “evento de cauda” caso as negociações não avancem. Na agenda do dia, teremos os dados de emprego no Brasil. Nos EUA, destaque para o Personal Income & Spending, Core PCE, Jobless Claims e Markit Services PMI. No Brasil , o Governo sofreu mais uma enorme derrota ontem no Congresso, com a Câmara aprovando a extensão da regra de reajuste do salário mínimo para os aposentados até 2019. Segundo o Ministro da Previdência, a aprovação des

Update

A possibilidade de um “não acordo” entre a Grécia e seus credores voltou a rondar o mercado nesta quarta-feira, com uma contra proposta da Troika não sendo bem aceita pelos gregos (já que a proposta grega foi vista como insuficiente pela Troika). Acredito que exista disposição política em um acerto, e que este tipo de negociação faz parte do processo. De qualquer maneira, estamos diante, mais uma vez, do aumento da probabilidade de um erro de percurso. Ainda vejo um acordo como cenário base, mas faz sentido os ativos de risco ficarem mais sensíveis ao tema até que uma solução seja anunciada. Do ponto de visto grego, a ausência de solução hoje seria mais custosa do que a alguns meses atrás. O governo já roda com déficit fiscal primário. Sem uma ajuda financeira, ficaria sem recursos para honrar o funcionalismo público e os aposentados, o que levaria uma situação politicamente insustentável. Ainda vejo um cenário pouco propício para a tomada de risco, com elevadas incertezas no cen

Update

Brasil – Os dados de crédito de maio mostraram continuidade da tendência que já vinha se desenhando desde o ano passado. Observamos aumento de taxas e de spreads, desaceleração das concessões e uma leve pressão nos NPLs, mas em um movimento ainda bastante contido. Levy sinalizou, agora a pouco, que não pretende alterar a meta fiscal para este no curto-prazo. Segundo ele, ainda existem medidas que podem ser adotadas para mitigar os efeitos das surpresas negativas de arrecadação. Como sempre, seu discurso é positivo e otimista. Por hora, o mercado está tendo uma leitura favorável de sua postura, mesmo sabendo que atingir a meta proposta se tornou impossível. Estamos começando a observar alguns sinais, emitidos através de fontes na mídia, que me levam a crer que o BCB está mais próximo do final do ciclo de alta de juros. Membros da instituição procuram passar a mensagem que, mesmo encerrado este ciclo de alta de juros, não veem um cenário para começar um ciclo de queda no horizon

Recuperação econômica global mais evidente

O destaque da noite ficou por conta da alta nos PMI da China e da Europa que apontam para uma recuperação da atividade econômica global neste segundo trimestre do ano. Assim, está se desenhando um cenário muito parecido aquele verificado ao longo dos últimos anos, em que o primeiro trimestre foi marcado por um crescimento frágil, seguindo por uma recuperação da atividade econômica global nos demais meses do ano. Este pano de fundo eleva a probabilidade de uma recuperação da economia norte americana nos próximos meses de 2015, colocando em pauta, novamente, a possibilidade de uma alta de juros nos EUA ainda no terceiro ou quarto trimestre deste ano. Na agenda do dia, destaque para o Durable Goods Orders e Markit Manufacturing PMI nos EUA. No Brasil, os dados de crédito serão o destaque da terça-feira. Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento positivo verificado ontem, com destaque para a alta nas bolsas globais e para o fortalecimento do dólar. O mercado pr