PMI na China, Reforma Tributária nos EUA e Cenário político no Brasil

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, sem novidades muito relevantes no cenário.

Na China, o PMI Manufacturing oficial recuou de 52,4 para 51,6 pontos em outubro, levemente abaixo das expectativas de 52,0. O número confirma um cenário de desaceleração moderada da economia chinesa de agora em diante, passado o importante Congresso Chinês.A desaceleração era, de certa forma, esperada e deve ser vista como um “vento a favor” menos positivo a economia global e aos mercados d agora em diante. A magnitude da desaceleração, contudo, quem irá determinar se o cenário continuará relativamente estável e construtivo, o cenário base, ou se desenvolvimentos mais negativos irão se desenvolver, que cenário um cenário alternativo de menor probabilidade no momento.

Nos EUA, a mídia está reportando que a Reforma Tributária no país poderá ser implementada em fases, na forma de “escalonamento”. Deixo aqui a reflexão do estrategista de FX do Morgan Stanley:

EM markets have developed a significant geographical performance split, with LatAm currencies staying offered and AxJ rallying. LatAm trades sensitively to risk and global funding costs and saw its best days when DM bond and equity prices rose simultaneously. Since early September, US bond and equity prices have diverged, setting the scene for a significant LatAm FX decline. However, we call the USD generally lower from here, arguing that strong growth in the rest of the world will see the USD being increasingly used for funding purposes. China provides a good example, with its foreign currency debt not only being 83% USD denominated but rising too as China’s companies seek substitution for rising RMB funding costs.
US economy and reform. Recent US data releases including yesterday’s personal income, consumption and savings data suggest that the US does not need additional stimulus at its current economic state. On the contrary, its sharply declining savings ratio in reaction to bullish wealth effects suggests the economy may be leveraging up again at a fast pace. A fiscal stimulus may increase the pace at which the US private sector grows its leverage. Economic cycles do not die because of age. It is exuberance which turns upswings into downturns. Hence, a disappointing US tax reform momentum is a positive factor for the long-term interpretation of especially EM risk. The US House considering phasing in corporate tax cuts over a 5-year period may be bad news for speculative and hence short-term US equity investors, but it is good news for high yielding LatAm currencies as it helps keep US funding costs low.
The EM risk. The biggest risk for our bullish EM call would be an autonomous rise of US real rates and yields which could come on the back of the Fed changing its reflation-generating framework or US capex picking up, pushing not only demand for capital up but also leading towards a cyclical rebound of US productivity growth. Higher productivity levels would allow the US to live with higher real rates with little internal friction. However, higher US real rates would reduce the US' desire to export capital abroad which ultimately would slow down EM growth, especially for those economic areas which have stayed dependent on foreign funding. Some LatAm currencies such as COP fall into this category, explaining why the region trades sensitively to US yields and risk appetite. Markets may have oversubscribed to these risks in the short term.

No Brasil, a mídia continua reportando dificuldades do Governo com a base aliada e a possibilidade de uma possível super-reforma ministerial. Até mesmo a saída de Henrique Meirelles já está sendo ventilada. Neste ínterim, Temer assinou duas MPs, contrariando o discurso do Presidente da Câmara, para implementar o ajuste fiscal. A situação do país continua fluída, mas sem trigger positivo claro de curto-prazo. Assim, dependeremos mais de uma nova mudança do cenário externo, de preços mais atrativos e/ou de uma clara melhora da posição técnica para que a dinâmica dos ativos locais volte a melhorar. Tampouo vejo espaço para pioras ainda mais rápidas e acentuadas dos níveis de preço.


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