Fed e Reforma da Previdência no Brasil.
Os ativos de risco estão
operando próximos a estabilidade, sem grandes movimentações pela manhã. Ainda
valem meus comentários de ontem: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/em-dinamica-ainda-ruim.html.
No final da tarde de segunda-feira,
a mídia reportou que John Taylor havia impressionado Trump em sua busca por um
novo presidente do Fed. Taylor é visto como um dos candidatos mais “hawkish”,
devido a sua defesa à “Curva de Taylor”, um modelo mecânico, mias objetivo para
definir a política monetária. O mercado reagiu de acordo, com abertura das
taxas de juros, fortalecimento do dólar e pressão sobre os ativos emergentes.
Acredito que qualquer
um dos escolhidos para a cadeira de líder do Fed não deverá mudar de forma drástica
a política monetária no curto-prazo, mas certamente fará preço nos mercados de
forma pontual. Uma coisa são declarações de economistas fora da instituição. Outra
coisa é sentar da cadeira de presidente do Fed, liderando um Comitê de PHDs, em
busca de consensos.
No Brasil, a mídia
voltou a reportar a possibilidade de uma Reforma da Previdência, desidratada,
assim que a segunda denuncia contra Temer for finalizada no Congresso. Segundo a
Folha de São Paulo:
A equipe econômica e o núcleo
político do Planalto pretendem reabrir negociações sobre a proposta após a
votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer –o que deve
ocorrer até o fim deste mês.
Segundo o cronograma de
integrantes do governo, o novo texto poderia ser levado ao plenário da Câmara
ainda em novembro e votado no Senado até o fim do ano legislativo, em 22 de
dezembro.
Desde
que a proposta foi aprovada em uma comissão da Câmara,
em maio, o Planalto sofre pressão de deputados para reduzir os pontos da
reforma da Previdência. O aval para a flexibilização do projeto, entretanto, só
foi dado na última semana.
O governo aceitou negociações mais
amplas com a base aliada por entender que a crise política aberta com as
acusações de corrupção contra o presidente inviabilizou a aprovação de regras
de aposentadoria mais rígidas.
O Planalto e a Fazenda concordaram
em abrir mão de parte da proposta aprovada na comissão, desde que sejam
preservados três pilares: idade mínima (65 anos para homens e 62 para
mulheres), o tempo de contribuição de pelo menos 25 anos e uma regra de
transição.
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