Sinais de estabilização.
Os
ativos de risco estão revertendo parte das pressões apresentadas ontem, com o
dólar mais fraco esta manhã, as commodities em alta e com um leve fechamento de
taxa das Treasuries nos EUA. A dinâmica, por ora, confirma que os problemas na
Turquia deveria ser pontuais e localizados, e que o “semi” feriado nos EUA,
ontem, pode ter exacerbado alguns movimentos devido a liquidez mais baixa.
No
Brasil, o Estão traz matéria em que diz que a base de Temer irá tentar votar
uma Reforma da Previdência mais enxuta em novembro, após a tramitação da
segunda denuncia. Segundo o jornal:
REFORMA
MÍNIMA
Base aliada articula
proposta com pontos básicos da reforma
Idade mínima
Ficaria em 65 anos
para homens e 62 anos para mulheres, como aprovado na comissão especial.
Contribuição
Tempo mínimo pode
sofrer “ajustes”. Proposta aprovada na comissão exige ao menos 25 anos de
contribuição à Previdência.
Transição
Regra de transição também
deve passar por alterações nas mãos dos parlamentares. Atual proposta prevê
exigência de idade mínima (que começa em 53 anos para mulheres e 55 anos para
homens, subindo aos poucos) e “pedágio” com adicional de 30% sobre o tempo que
falta para a aposentadoria.
Próxima gestão
Demais mudanças, como
nas regras para servidores, ficariam para próximo governo.
Já o
Valor, na pessoa de Raymundo Costa, traz matéria cobrindo as recentes inserções
de Jair Bolsonaro entre empresários e agentes do mercado financeiro. Segundo
ele, Bolsonaro tem mostrado uma postura mais pragmática, liberal e de
centro-direita, se colocando a favor das reformas e adotando um discurso menos
polêmico em várias frentes.
Continuo
acreditando que falta muito tempo para que as eleições presidências de 2018
tenham impacto relevante sobre os ativos locais. Contudo, é importante
acompanharmos a dinâmica do processo deste já. O grande risco, além de uma
possível candidatura de Lula, que vejo para o cenário de 2018, é uma polarização
grande de candidatos, com um número elevado de nomes, o que poderia tornar a
corrida eleitoral perigosa, assim como ocorreu na prefeitura do Rio de Janeiro
nas últimas eleições municipais. Contudo, caso os candidatos em pauta migrem
para um discurso mais liberal e de centro, pelo menos no tocante a economia, o
risco para os mercado acabará sendo bastante reduzido ao longo do processo
podendo, inclusive, tornar as eleições um processo menos traumático para os
mercados locais.
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