Cenário externo ainda demanda cautela no curto-prazo.
A semana
está começando sem grandes novidades e sem grandes movimentações por parte dos
mercados financeiros globais. A Treasury, nos EUA, apresenta acomodação, o
dólar está levemente mais firme ao redor do mundo, com as bolsas globais em
alta e as commotidies, no geral, idem. Assim, continua valendo minha visão dos
últimos dias, que pode ser vista aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/ruidos-vs-cenario.html.
Vale
destacar a forte depreciação da TRY, na Turquia.
O país entrou em um embate contra os EUA, após ambos cancelarem a emissão de
vistos de não imigrantes ao longo do domingo. Pelo o que a mídia está
reportando, a medida foi tomada primeiro pelos EUA, após um funcionario da
embaixada americana ser preso acusado de espionagem. A Turquia, quase que
imediatamente, anunciou a mesma medida, em retaliação aos EUA. Como os fundamentos econômicos da Turquia
não são favoráveis, e o risco político elevado, problemas como este acabam
sendo exacerbados nos preços dos ativos locais. A questão parece pontual, e não
deveria gerar contágio maior para o resto do mundo de forma permanente.
Contudo, está manhã, vemos alguns sinais, mesmo que incipientes, até pelo pano
de fundo global recente, de pequeno contágio, como o MXN, por exemplo, também apresentando
depreciação.
Na China, o país teve mais um mês de
elevação das suas reservas internacionais, em mais um sinal positivo de
relativa estabilidade local.
Na Alemanha, a produção industrial de
setembro apresentou forte alta de 2,6% Mom, após um verão local de dados mais
fracos. O número reforça o cenário positivo para o crescimento da Europa.
No Brasil, destaque apenas para visita de Jair
Bolsonaro aos EUA, onde está buscando um tom de discurso mais moderado e
liberal, em busca de consolidar sua posição nas pesquisas para as eleições
presidenciais de 2018. João Doria, por sua vez, sofreu pequena derrota com as
recentes pesquisas divulgadas pela mídia. Continuo
acreditando que precisamos acompanhar de perto as movimentações para as
eleições presidenciais de 2018, mas que ainda seja muito cedo para qualquer uma
dessas notícias ter impacto relevante no preços dos ativos locais.
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