"Descompressão" no México ajuda os ativos no Brasil

O destaque do dia ficou por conta da “descompressão” dos ativos no México, após o anuncio de que as negociações em torno do NAFTA irão se estender até 2018. A notícia acabou tirando pressão dos ativos no Brasil, que vinham sofrendo algum contágio dos problemas indiossicráticos no México (e, em menor escala, na Turquia e em outros países emergentes).

Continuamos a ver dados positivos relativos a economia global, com números saudáveis de produção industrial e dados do setor imobiliário nos EUA, além de índices de confiança em patamares robustos na Alemanha.

Sem mudanças substanciais de cenário econômico, o mercado segue focada na escolha do próximo presidente do Fed, assim como no avanço da agenda legislativa dos EUA.

No Brasil, na ausência de novidades locais relevantes, os ativos têm seguido a dinâmica global e fluxos pontuais. Por exemplo, o vencimento de índice futuro (e de opções) está gerando alguma volatilidade no mercado local de ações.

Os dados do setor de serviços vieram um pouco mais baixos dos que as expectativas, o que tira um pouco do ímpeto dos mais otimistas com a recuperação da economia, mas não alteram o fato do crescimento estar claramente em tendência de recuperação.

A segunda denuncia contra Temer está em tramitação no Congresso. Saindo da pauta do Congresso, este tema poderá destravar a agenda política, e trazer um novo esforço de implementação de reformas econômicas. Medidas na direção de avanços na Previdência seriam muito positivas e bem recebidas pelo mercado. Este pode ser um “trigger” importante para que os mercados locais voltem a apresentar uma dinâmica mais positiva. A temporada de resultados corporativos também precisa ser analisada no detalhe para medirmos a real situação da economia real. Este pode ser outro vetor importante para trazer novo ímpeto ao mercado local.

Assim, sigo administrando o tamanho e os instrumentos do portfólio, mas mantendo os mesmos temas de investimentos. São eles: Normalização monetária no G10; juros mais baixos no Brasil; e recuperação da economia e do crescimento local. Nos atuais níveis de preço e volatilidades, a busca por hedges continua, assim como a utilização frequente do mercado de opções para expressar os temas acima referidos.



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