EUA: Agenda legislativa avança.

Na noite de ontem o Congresso dos EUA aprovou o “Bugdet Resolution”, um passo importante para o Orçamento do país, e um avanço para que a Reforma Tributária entre na pauta de discussão do Congresso. Os mercados estão reagindo de acordo, com abertura de taxa das Treasuries, o dólar mais forte no mundo e uma alta nas bolsas. De maneira geral, ainda impera um cenário que tenho chamado de “Beautiful Reflation”.

No final da tarde de ontem a mídia reportou que Powell seria o favorito de integrantes da equipe de Trump para ser nomeado Presidente do Fed. Acredito que Powel dificilmente alteraria a política monetária de curto-prazo e deve ser visto como uma continuidade do cenário atual.

Continuo favorecendo posições tomadas em juros no G10  (e, em especial, nos EUA) com compra de volatilidade de Rates e Equities. Estou sem visibilidade no mercado de FX, mas com pequena posição vendida em AUDBRL.

No Brasil, destaque apenas para uma matéria no Estadão em que afirma que o Congresso pretende adotar uma agenda legislativa própria após a denuncia contra Temer ser superado, ao invés de favorecer a agenda econômica do Governo. Acredito que o mercado precifique hoje poucos avanços nesta frente, o que reduz os riscos de surpresas inesperadas. Segundo o Estadão:

ESTADÃO: BASE REJEITA PAUTA DE TEMER PARA ECONOMIA APÓS DENÚNCIA
Brasília, 19/10/2017 - Confiantes de que a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer será rejeitada na próxima quarta-feira pelo plenário da Câmara, governo e deputados já articulam a agenda para o dia seguinte, mas divergem sobre as prioridades. Enquanto o Palácio do Planalto dá preferência para propostas que ajudam a fechar as contas públicas, a maioria impopular, parlamentares buscam impor uma agenda própria, com forte apelo na sociedade, como projetos ligados à área da segurança pública.

Líderes dos principais partidos da base aliada ouvidos pelo Estadão/Broadcast descartam votar matérias consideradas impopulares a menos de um ano para as eleições de 2018, quando eles tentarão renovar seus mandatos. Citam o aumento de alíquota da contribuição previdenciária para servidores e o adiamento do reajuste do funcionalismo público.

Esses pontos devem ser tema de duas medidas provisórias (MP) que o governo pretende enviar à Câmara logo após a votação da segunda acusação formal contra o presidente - por organização criminosa e obstrução da Justiça. A aprovação da reforma da Previdência também é dada como improvável na atual legislatura, mesmo que seja um texto mais enxuto. Juntos, esses partidos contam com, pelo menos, 240 dos 513 deputados.

A pressão da base ocorre em um momento de desgaste entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Temer. Maia tem procurado se descolar do governo e adotado um discurso de que é preciso uma nova agenda para o País. Ao mesmo tempo, almeja protagonismo nas decisões econômicas.

“Para essa pauta de desgaste, vai ser muito difícil ele (Temer) contar com o número suficiente da base para aprovar. Os partidos podem até encaminhar a favor, mas não terá correspondência nas bancadas”, disse o líder do PR na Casa, José Rocha (BA).

Ele defende como pauta principal propostas ligadas à segurança pública. Segundo o parlamentar baiano, Maia se comprometeu a reservar uma semana em novembro para votar no plenário só projetos nessa área, mas a data não foi definida.

Nesta semana, Maia criou uma comissão de parlamentares e juristas para discutir e elaborar projetos de modernização da legislação contra tráfico de drogas e armas. O colegiado será presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e funcionará inicialmente por 120 dias. “A sociedade verá que a Câmara tem agenda de temas que afetam o dia a dia das pessoas”, disse Maia na terça-feira.


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