Trump: "We Will Make America Grear Again".
O principal evento do
dia ficou por conta do discurso de posse de Donald Trump a presidente dos EUA.
Trump manteve um tom
agressivo, arrogante e, de certa forma, protecionista, não muito diferente do
que foi visto na campanha eleitoral. Para aqueles que esperavam um tom mais
sóbrio e conciliador, seu discurso foi uma decepção. Para quem esperava um
pouco de, mais do mesmo, como eu, o discurso foi neutro, em linha com as
expectativas.
Os mercados financeiros
globais estão muito reativos a temas específicos, o que acaba acentuando
movimentos de curto-prazo. A ausência de menção literal ao México em seu
discurso ajudou a dinâmica do MXN, assim como a ausência de detalhes sobre seu
plano econômico pode ter aliviado a pressão de alta no USD e nas taxas de
juros.
Acredito que este tipo
de reação tende a ser ruído de curto-prazo. O foco deverá permanecer na
situação da econômica, e o quanto a política adotada por Trump poderá acelerar
o processo de fechamento do hiato do produto (ou não). O protecionismo é um
tema que parece um pouco ignorado pelo mercado, mas que pode emergir na pauta a
qualquer momento.
O pouco que já foi
divulgado na página oficial da Casa Branca mostra que a política econômica
apresentada na campanha eleitoral será um dos focos deste início de governo. É
verdade que faltam detalhes, mas os eventos de hoje em nada alteram o cenário
que venho descrevendo neste fórum há algumas semanas. Abaixo, copiei alguns
parágrafos que julgo resumirem parte do que será foco deste início de governo.
No Brasil, os ativos locais tiveram um dia positivo. A leitura do
mercado é que trágica e triste morte do relator da Lava-Jato, e Ministro do
STF, poderá atrasar as investigações, dando algum tempo adicional a classe
política.
White House:
This strategy starts by withdrawing from the Trans-Pacific Partnership
and making certain that any new trade deals are in the interests of American
workers. President Trump is committed to renegotiating NAFTA. If our partners
refuse a renegotiation that gives American workers a fair deal, then the
President will give notice of the United States’ intent to withdraw from NAFTA.
The plan starts with pro-growth tax reform to help American workers and
businesses keep more of their hard-earned dollars. The President’s plan will
lower rates for Americans in every tax bracket, simplify the tax code, and
reduce the U.S. corporate tax rate, which is one of the highest in the world.
Fixing a tax code that is outdated, overly complex, and too onerous will
unleash America’s economy, creating millions of new jobs and boosting economic
growth.
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