Operação Lava-Jato de volta ao foco.

Os ativos de risco estão abrindo a sexta-feira com movimentos apenas marginais. Destaque para o fortalecimento do dólar, desta vez mais concentrado contra algumas moedas emergentes e o JPY. As taxas de juros nos EUA estão apresentando pequena abertura de taxas. As bolsas globais não apresentam tendências definidas está manhã.

A agenda do dia será relevante, com o PIB do 4Q e o Michigan Confidence como grandes destaques da agenda dos EUA.

Em um artigo no Valor Econômico, Claudia Safatle afirma que existe hoje um grande otimismo no governo com a possibilidade de uma forte queda nas taxas de juros do país:

As mais recentes informações sobre a economia trouxeram otimismo ao governo de Michel Temer. Forma-se, tanto na área econômica quanto no Palácio do Planalto, a convicção de que existe, de fato, a possibilidade de a inflação este ano ficar abaixo da meta de 4,5%. E a taxa de juros básica da economia, a Selic, poderá cair para um dígito também em 2017. Talvez no início do quarto trimestre a Selic já esteja em 9,25% ao ano, arriscou um ministro.
Por apenas três vezes desde que a meta de inflação foi fixada em 4,5%, em 2005, a variação do IPCA ficou abaixo desse objetivo. Isso ocorreu 2006 (inflação de 3,14%), 2007 (4,46%) e em 2009 (de 4,31%).
No início da noite de ontem, a Petrobrás anunciou uma queda nos preços da gasolina e do diesel. A magnitude foi pequena, o que deverá trazer impacto limitado à inflação.

Alguns jornais de hoje já ventilam a possibilidade de um acordo de delação premiada do empresário Eike Batista, alvo de um desdobramento da Operação Lava-Jato ontem. Também já se comenta a possibilidade de Sergio Cabral, ex Governador do Rio de Janeiro, caminhar na mesma direção.

O retorno das atividades da Operação Lava-Jato, e de seus desdobramentos, traz uma pitada de incerteza e ruídos ao cenário político local.






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