Brasil: Lava-Jato no foco da mídia.

Os ativos de risco estão abrindo a semana próximos à estabilidade. Destaque apenas para um leve arrefecimento das bolsas globais, em reação, aparentemente, as últimas medidas de Trump nos EUA.

No Brasil, a mídia continua dando amplo destaque a delação premiada, ainda em andamento e não homologada, de executivos da Odebrecht. Segundo Vera Magalhães, do Estadão:

Delação de Benedicto é tão letal quanto a de Marcelo
Análises do potencial de dano das delações da Odebrecht convergem para o mesmo ponto: a de Benedicto Júnior, ex-presidente da construtora, não aniquila de vez só o PMDB do Rio, levando o governador Luiz Pezão ao encontro de seu criador, Sérgio Cabral. Ela vai arrastar de roldão governadores de vários Estados e múltiplos partidos. Era ele que “cuidava” das obras estaduais. Já Marcelo Odebrecht se concentrou na “cúpula” da política nacional: Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer puxam o bloco.
Paulo Preto recua na intenção de fazer colaboração judicial
Levado ao centro da Lava Jato pelas delações da Odebrecht e pelo “recall” dos acordos de outras empreiteiras, como Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa na gestão José Serra, foi dissuadido por ora de fazer delação premiada por seu advogado, o ex-procurador da República José Roberto Santoro, após extrema pressão de tucanos paulistas de alta plumagem.
Até o momento, estou tratando o vazamento das delações premiadas, tanto da Odebrecht, como de outros personagens investigados na Operação Lava-Jato, apenas como ruídos políticos de curto-prazo. Eu entendo que o caso é grave e merece atenção, mas os mercados financeiros locais não tem dado muita atenção a este tema. Acredito que este panorama poderá mudar caso as delações atinjam o coração do atual governo, afetando a capacidade de aprovar as reformas econômicas em curso.
As delações vindouras, especialmente da Odebrecht, contudo, por serem extremamente amplas, atingindo diversas figuras políticas nacionais e uma série de partidos, pode acabar “banalizando” o efeito político dos eventuais ilícitos cometidos. Além disso, as investigações sobre políticos eleitos podem levar muito tempo, devido as restrições operacionais do STF, o que acaba por minimizar o impacto imediato dos eventos. 
O empresário e investigado pela Operação Lava-Jato Eike Batista embarcou ontem de NY em direção ao RJ. De acordo com entrevista coletiva apresentada a TV Globo, o empresário afirmou que "está na hora de passar as coisas a limpo", sinalizando que deverá contribuir com a justiça e, eventualmente, fechar um acordo de delação premiada.

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