Reflation still rules!

Nesta segunda-feira, os ativos de risco devolveram grande parte e, em alguns casos, a totalidade dos movimentos verificados após a divulgação dos dados de emprego nos EUA na sexta-feira. Os movimentos de ontem podem ser explicados pela acentuada queda do petróleo, sem motivos específicos, e por uma posição técnica ainda complicada neste início de ano para os temas mais consensuais.

Eu mantenho minha visão geral em torno da possibilidade de novas rodadas de precificação do “Reflation” ao redor do mundo, com a alta de juros nos EUA dando suporte ao USD no mundo como as principais consequências deste cenário. A dinâmica do mercado incomoda um pouco, principalmente devido à posição técnica, mas ainda mantenho minha visão inalterada.

Hoje pela manhã, os ativos de risco operam próximos a estabilidade. Destaque para mais uma rodada de alta no Minério de Ferro, e para um bom desempenho das commodities metálicas em geral.

A agenda desta noite apenas confirmou o cenário de “Reflation” no mundo, com o PPI da China apresentando mais uma elevada aceleração. O CPI mostrou arrefecimento, mas em muito explicado por alimentação. O núcleo do CPI voltou a acelerar. Os números de hoje reforçam o espaço para uma postura mais neutro, ou até mais restritiva, por parte dos policy makers chineses, em linha com o cenário que temos desenhado neste fórum. Por outro lado, mantém o tema de “Reflation” no mundo intacto.

Segundo o Citibank:
·         Dec CPI inflation moderates owing to both high-base effect and decelerating food price increases — CPI inflation edged down by 0.2ppt to 2.1 % YoY, below market expectations (Citi/Consensus: 2.2%YoY). The annual average CPI reached 2% in 2016, 0.6ppt higher than 2015’s, still below the government’s target of 3%.
·         – Sequentially, headline CPI inflation increased 0.2% MoM, food prices +0.4% MoM, and both non-food prices and services +0.2% MoM.
·         – Year-on-year, food inflation decelerated from 4 %YoY in Nov to 2.4% YoY in Dec. Owing to the warmer weather in Dec, vegetable price inflation slowed dramatically, from 15.8% YoY in Nov to 2.6% YoY, which is the main contributor of CPI deceleration. In contrast, pork prices increased by 0.6ppt, to 6.2% YoY.
·         – Non-food inflation inched up 0.2ppt to 2% YoY, elevated by rising energy prices.
·         – Services inflation climbed from 2.4% YoY in Nov to 2.5% YoY in Dec.
·         PPI inflation continues to surge, as a result of low base and rising commodity prices — PPI inflation further soared from 3.3% YoY in Nov to 5.5% YoY in Dec (Citi: 4.3%YoY, Consensus: 4.6%YoY), while MoM growth increased only slightly by 0.1ppt, to 1.6%MoM. The annual average PPI inflation rose sharply from -5.2% in 2015 to -1.4% in 2016. Rising commodity prices, influenced by exchange-rate fluctuations, were one of the main drivers of the PPI surge, according to NBS. Furthermore, the improvement in the demand and supply relationship as a result of de-capacity is also attributed to rising producer prices.
No Brasil, a mídia está dando destaque a eleição para presidente da Câmara dos Deputados. Tudo indica que Rodrigo Maia deverá ser reconduzido ao cargo, sem maiores dificuldades políticas para Temer e Cia. Além disso, o Governo Federal trabalha com um pacote emergencial e especial de ajuda financeira ao Estados do Rio de Janeiro.



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