Weekend News – Brasil: Manifestações.
As
manifestações a favor do Governo no Brasil
este domingo foram, na minha visão, um pouco acima das expectativas. Contudo,
muito concentradas em cidades grandes e sabidamente direitistas, como São
Paulo, por exemplo.
Acredito
que as manifestações mudam pouco o cenário. Vejo como levemente positivas, pois
foram pacíficas e em prol de causas democráticas e liberais. Vimos apoio
positivo à Reforma da Previdência, o que pode ajudar no projeto de
convencimento do Congresso em torno da Reforma.
Nos EUA, comentei ontem sobre a
continuidade da Guerra Comercial em temas relacionados a empresa Huawei:
Artigo bastante longo e completo do WSJ sobre as potenciais
práticas da Huawei. É um capítulo adicional na crise entre EUA e China, pois um
artigo deste porte, em um jornal do calibre do WSJ, pode agir como um suporte a
postura de Trump contra a China e a empresa.
As eleições para o parlamento
europeu, na Europa, trouxeram poucas
novidades relevantes, exceto para alguns países específicos, como foi o caso da
Grécia, que convocou eleições
internas antecipadas. Este evento pouco impacto o cenário global. Não há
mudança de cenário nesta frente.
Amanhã será feriado nos EUA, o que
deve manter a liquidez os mercados prejudicada.
Sigo bastante preocupado com o
cenário internacional, recomendando portfólios defensivos e proteções (hedges).
Continuo vendo algum avanço em torno da Reforma da Previdência no Brasil, o que
justifica alocações em ativos locais para aqueles com visão de prazo mais longo
(e com algum estômago e apetite a aguetar volatilidade). Gosto do mercado de
renda variável e dos juros reais. Entendo que será um caminho longo e tortuoso
até a aprovação, permeado de ruídos e volatilidade nos ativos do Brasil.
Termino o comentário de hoje com um
gráfico das curvas de juros globais. O que vemos abaixo é que as curvas apresentaram
movimentos relevantes de “flattening”,
com várias delas já invertidas. Na média, historicamente, este tipo de
movimento precede desacelerações do crescimento global e eventuais recessões,
com impactos negativos nos ativos de risco.
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