Daily News – China, EUA, Turquia e Crescimento.
As
bolsas da China apresentaram leve recuperação na noite de hoje. O movimento,
contudo, foi extremamente tímido diante da queda rápida e acentuada verificada
ontem. As bolsas na Europa e os índices futuros nos EUA ainda operam sob
pressão essa manhã, mesmo com o anuncio de que as reuniões entre EUA e China
estão mantidas para essa semana. As commodities operam em queda quase que
generalizada – em um sinal ruim para o crescimento global. O dólar opera sem
viés claro e os juros no mundo estão próximos a estabilidade essa manhã.
Na
agenda do dia, o destaque ficará por conta do JOLTs Job Opening nos EUA. A agenda
no Brasil e no resto do mundo será esvaziada.
Segundo
a mídia, as reuniões entre China e EUA agendadas para essa semana estão
mantidas. Isso é um sinal positivo, mas seguimos em um ambiente de maior
incerteza em relação ao acordo comercial.
Na Alemanha, o Factory Orders apresentou
recuperação, com alta de 0,6% MoM, muito abaixo das expectativas de uma alta em
torno de 1,5% MoM. A situação do país – e da Europa como um todo – ainda transmite
fragilidade e preocupação. Uma estabilização do crescimento é até
estatisticamente esperada após a pressão recente, mas os sinais são inequívocos
de fragilidade econômica do país. Continuo
vendo a Europa como um dos principais problemas e riscos para o cenário.
Em Taiwan, uma economia pequena porém
muito aberta, cujos sinais são vistos como termômetro para o crescimento
mundial, as Exportações continuam apontando para um quadro de baixo crescimento,
a despeito de alguma recuperação da China:
#Taiwan Apr Exports YoY: -3.3% v -3.1%e (lowest decline since Jan.
2019)
*Exports to #China YoY: -6.4% vs -19.1% prior (lowest decline since Jan. 2019)
Fonte: Bloomberg
Ontem,
a Turquia anulou as eleições em Istambul,
uma das principais cidades do país. A postura coloca o país em situação
política ainda mais delicada do que já estava. Vimos forte pressão nos ativos
locais. Não vejo motivos óbvios para contágio, mas é mais um exemplo de país
emergentes que, de novo, passa por um momento político e econômico conturbado.
Este tipo
de situação ajuda a colocar uma “pulga atrás da orelha” nos investidores antes que
eles invistam em casos como o do Brasil. Em menos de 18 meses os investidores
encontraram problemas na Argentina, Turquia (mais de uma vez) e no México. O Brasil
aparenta estar em um caminho diferente destes países, mas os investidores estrangeiros
demanda – talvez corretamente – ações concretas, e um avanço efetivo da agenda
de reformas econômicas antes de se aventurarem novamente por nossas águas.
Não vejo
novidades relevantes no Brasil que
mereçam comentários adicionais.
Continuo optando por uma postura mais cautelosa
e um portfólio mais balanceado diante dos riscos externo.
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