Flash – EUA: Céu claro, temperatura amena...


Os dados do mercado de trabalho nos EUA em abril mostraram um quadro de criação robusta de vagas de trabalho, uma taxa de desemprego baixa e sem pressões inflacionárias.

Este pano de fundo costuma ser lido como bastante positivo para os ativos de risco, o que explica o excelente desempenho das bolsas globais no dia de hoje.

Entendo que o cenário econômico de curto-prazo continue parecendo construtivo, mas não gosto do risco/retorno do mercado em várias classes de ativos. Após uma breve correção no dia da decisão do Fed, o mercado está voltando a sua toada mais positiva. Eu mantenho minha recomendação mais defensiva para os portfólios globais.




Ainda nos EUA, o ISM Non-Manufacturing ficou abaixo das expectativas, confirmando um arrefecimento do crescimento do país que já havia sido sinalizado pelo ISM Manufacturing. O número se soma a outros indícios crescentes de fragilidade da economia global.

A economia americana continua em situação mais saudável do que o resto do mundo, mas sua derivada de desaceleração precisa ser acompanhada no detalhe de agora em diante.

Gosto de posições compradas em JPY (Iene) e puts de EUR).

No Brasil, a produção industrial apresentou queda relevante e acima do esperado em março. O número apenas reforça o cenário de baixo crescimento do país, afetado não apenas pelo pano de fundo geral, como por vetores pontuais, como os problemas na Argentina e o setor de Mineração.

Este cenário de baixo crescimento trouxe novas revisões baixistas ao crescimento e explicam o fechamento da curva de juros no Brasil hoje, em um movimento quase que paralelo. Continuo não vendo bom valor na parte curta na curva de juros nominais, preferindo a curva real e uma duration mais longa.


Fonte: WSJ / Goldman Sachs

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