Daily News – Momento de cautela!


As bolsas dos EUA apresentaram forte queda no final da tarde de ontem, em reação aos sinais emitidos pelo Fed. Comentei sobre esta possibilidade em um post anterior (vide no blog). Hoje pela manhã, estamos observando uma leve recuperação das bolsas globais, mas com sinais ainda de fragilidade dos mercados. Estes sinais emanam, principalmente, da pressão no complexo de commodities. Vamos aos destaques do dia:

Ontem, o Cobre apresentou queda de quase 4%, rompendo níveis técnicos importantes e mostrando um pano de fundo de fraqueza da economia global. O cobre costuma ser visto como um importante indicador para a saúde do crescimento mundial e dos mercados financeiros. Sua queda representou um importante sinal para os investidores e gerou um “burburinho” grande na comunidade financeira.

Na agenda do dia, destaque para o Jobless Claims e para o Durable Goods Orders nos EUA.

Na Europa, os números finais dos PMI ficaram praticamente em linha com as expectativas. O cenário ainda é de fragilidade da economia da região, a despeito de sinais incipientes de estabilização (não recuperação) da economia europeia. Ainda vejo com preocupação o pano de fundo da região. Acredito que o maior risco ao cenário esteja embutido na Europa. Entendo que possa haver alguma estabilização do crescimento no curto-prazo, mas tenho receio que a tendência seja de deterioração adicional da situação.



Não há novidades relevantes no Brasil.

Nos EUA, ontem, vimos um forte ADP Employment, com uma criação de 275 mil postos de trabalho em abril. O número mostra um cenário de mercado de trabalho robusto e pleno emprego. Pode ser que questões pontuais tenha puxado o indicador para cima, mas é um quadro de robutez do emprego, sem dúvida alguma, o que justifica a postura mais “hawkish” do Fed sinalizada ontem por Powell – e comentada neste fórum.

Já o PMI Manufacturing apresentou forte queda. Se o patamar ainda é saudável e compatível com um crescimento (em torno de 2%) da economia, a derivada de queda merece atenção. Há sinais cada vez mais claros de arrefecimento da economia dos EUA. isso já era em parte esperado, mas sua velocidade precisa ser acompanhada de perto. A abertura qualitativa do setor mostrou deterioração em seus principais sub-índices.



Mantenho um viés mais cauteloso de curto-prazo para os ativos de risco globais. Recomendo proteções, hedges e, até mesmo, posições direcionais mais negativas na busca de um movimento de curto-prazo de correção dos ativos de risco ou pura realização de lucros.

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