Daily News – Sinais negativos prevalecem
Começo o texto de hoje com a mesma afirmação de alguns dias
atrás. Os ativos de risco estão abrindo o
dia sob pressão, com movimentos clássicos de aversão a risco.
Na minha visão,
o cenário externo é claro e simples de se explicar: A economia global está em
uma situação frágil e em um ambiente de desaceleração. A Guerra Comercial tende
a acelerar e acentuar este pano de fundo, que poderia ser inevitável mesmo na
ausência da batalha entre EUA e China.
Na ausência de novidades relevantes, os movimentos essa manhã
são negativos, com fechamento adicional das taxas de juros nos países desenvolvidos,
abertura dos spreads de crédito e queda das bolsas.
Atenção especial precisa ser dado a Itália, que segue descumprindo a regra fiscal da União Europeia e
pode ser vítima de sanções e multas do bloco único.
No Brasil, a mídia
e o mercado continuam digerindo as manifestações de domingo, com viés positivo de
que o tamanho e o tom utilizado foram adequados para sinalizar ao Congresso a
necessidade das reformas econômicas.
Ontem vimos as contas externas de abril. Seguimos observando
um quadro de baixo déficit em conta corrente, fluxos negativos na conta de
portfólio, porém investimento estrangeiro direto robustos. O Brasil não
apresenta nenhuma vulnerabilidade externa clara. O câmbio segue atuando como um
amortecedor automático contra crises mais agudas.
Mantenho viés negativo para o cenário internacional e seus
ativos. Sigo mais construtivo com alocações em Brasil, sabendo que teremos
volatilidade ao longo do caminho. Caso o problema externo seja muito grande, o
Brasil irá sofrer os impactos secundários de uma eventual crise mais aguda.
Comentários
Postar um comentário