Shutdown, Earnings Revisions & Espanha.


Me perdoem pelo inglês do título, mas soa mais atrativo do que suas traduções em português. Nada contra nossa língua, mesmo eu por várias vezes, talvez diariamente, cometendo erros grotescos de gramática. Faz parte do jogo...

Ontem comentei um pouco sobre o Brasil e seus ativos, em especial a curva local e juros (https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/02/italia-juros-e-inflacao-no-brasil.html).

Hoje serei breve, apenas comentando alguns poucos eventos do final de semana.

Nos EUA, as negociações em torno do orçamento chegaram a um impasse. Um novo “shutdown”, ou fechamento do governo, deve ocorrer em breve. Estes eventos costumam ser pontuais e de rápida solução, com pouco impacto econômico e sobre os preços dos mercados. Contudo, desta vez, o problema está se estendendo e pode ter impacto significativo sobre o crescimento. Além disso, ocorre em um momento ainda de fragilidade do humor dos investidores.

Na Espanha, a população foi a rua e a cena política ganha novos contornos. A situação ainda é fluida, mas dado o que temos visto acontecer na Itália, é um ponto a se monitorar. Estamos bastante preocupados com a situação econômica da Europa e questões como essa não ajudam o cenário (vide aqui: https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-02-10/spanish-premier-is-running-out-of-options-ahead-of-key-vote?srnd=premium-europe).

Voltando aos EUA, o Morgan Stanley chamou a atenção para as revisões de resultados que estamos vendo neste ciclo de divulgações. Somos mas negativos com as bolsas globais ex-Brasil, especialmente no G3, como mostramos em nossa carta mensal há 5 dias atrás.

Além do pano de fundo econômico que tenho alertado diariamente desde o ano passado, agora vemos sinais concretos de uma piora no pano e fundo para os lucros corporativos. Não achamos que será fácil gerar retornos em estratégias de “buy-and-hold” como foi nos últimos 10 anos. Será cada vez mais importante os pontos de entrada e saída, ou seja, as posições táticas, além da escolha correta dos ativos e setores. Devemos ficar alertas!

Segundo o Morgan Stanley:

Most important, however, is the fact that earnings growth expectations have deteriorated materially over the past few months. Strangely, I see much less acknowledgement of this growth deterioration with everyone so focused on the Fed and stock price trends. A big part of our equity strategy discipline is listening to what the market is telling us, and we acknowledge that the recent surge in price and breadth is a positive signal about the future. However, earnings revisions have been some of the worst we’ve ever observed in terms of breadth and velocity. Virtually every sector and region of the world is seeing downward revisions, making it difficult to explain them away as a temporary function of trade tensions and/or the government shutdown in the US.

We have been calling for an earnings recession in the US since last summer, when the consensus was still forecasting close to 11% S&P 500 EPS growth for 2019. Starting in early December, this same consensus began to fall sharply, and 1Q19 S&P 500 earnings are now expected to be down more than 1% year on year. Given the severity and breadth of the revisions to date, I would not be surprised if 2Q and 3Q S&P 500 EPS growth also turn out to be negative on a year-on-year basis. Therefore, I believe that the recent move in stocks is much more about the Fed pivot and less about stocks telling us the trough is now.

Whether stocks can advance sustainably from here will be determined by the depth and timing of this trough in earnings growth. At this point, I think it’s too early to determine either. Some have argued that this looks very similar to early 2016 with China stimulating, the Fed pausing, earnings revisions plummeting and stocks rallying. While that’s true, 1Q16 was the fourth quarter in a row of negative year-on-year growth whereas 1Q19 is the first negative growth quarter. This makes the comparisons for the next several quarters much more difficult today versus 1Q16, thereby increasing the chance for both a deeper and later trough in growth than what is currently forecast. Our best estimate at this point is for a trough in S&P 500 EPS growth in 2Q19 or 3Q19 somewhere between -5-10%Y. If we’re right, we should get a better opportunity to add to equity risk over the next few weeks/months. In S&P 500 terms, we think that is closer to 2500 than 2700. With equity markets having gone nowhere since the end of 2017, entry points have been critical to generating positive returns. We think that will continue to be the case, so price levels matter more than trend.

Enjoy your Sunday



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