Payroll, Amazon, China e Guerra Comercial.
Os
ativos de risco apresentam estabilidade essa manhã. Na agenda do dia, destaque para
os dados de mercado de trabalho nos EUA, ou vulgo Payroll. Só vejo os números
afetando a dinâmica de mercado, ou melhor, alterando o ambiente mais positivo
de curto-prazo, caso venham nos extremos das expectativas.
Se
os números vierem muito fracos, teremos a desculpa que pode ter sido efeito do “shutdown”,
como o ocorreu com o Jobless Claims ontem. Em caso de números muito fortes, o Fed
poderá ficar em situação um pouco embaraçosa e o mercado começar a questionar a
sinalização de pausa, ou interrupção, no processo de normalização monetária.
A Amazon
reportou resultado ontem a noite e a despeito de um trimestre ainda positivo
sinalizou para dificuldades à frente, o que acabou levando a uma pequena queda
de suas ações no “after-market”. Continuo vendo alguma restrição, ou teto, para
a apreciação da bolsa dos EUA. Entendo que o curto-prazo esteja sendo afetado
positivamente por alguns vetores, mas não consigo enxergar uma tendência de fto
positiva para a bolsa do país a longo-prazo, neste estágio do ciclo econômico,
e com diversos vetores contrários no ambiente.
O Caixin
Manufacturing PMI da China apresentou forte queda em janeiro, caindo de 49,7
para 48,3 pontos. O número mostra uma economia bastante fragilizada e sem
nenhum sinal de estabilização.
O
animo do mercado está única e exclusivamente na expectativa de que as recentes
medidas adotadas pelo policy maker
chinês irão surtir os efeitos necessários, mas não há qualquer sinal de que este
cenário irá se concretizar. Sigo extremamente preocupado com o país e sua direção.
Vejo a China, junto com a Europa, como um dos principais riscos ao cenário
econômico global este ano.
Nesta
linha, há sinais de avanço nas negociações para um acordo comercial entre China
e EUA. Neste ambiente mais desafiador é de interesse de ambas as partes um
acordo que venha a distensionar a situação econômica global.
Entendo
que um acordo seja positivo, mas não acho que seja suficiente ou o único vetor
capaz de sustentar uma melhora do crescimento global ex-EUA. Já via uma
deterioração do cenário antes da Guerra Comercial. As tarifas, de fato,
aceleraram e acentuaram o movimento de desaceleração da China e da Europa.
Contudo, acredito que talvez a situação tenha que piorar antes de melhorar.
Não
há novidades relevantes em Brasil. Ontem comentei um pouco sobre o emprego e o
fiscal (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/01/algumas-atualizacoes.html).
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