Proteções, Vale e Nebulosidade.
A
noite trouxe poucas novidades relevantes ao cenário macro estrutural. Os ativos
de risco estão abrindo o dia em tom levemente mais negativo.
Ao
longo dos últimos dias, intensificamos nossas recomendações de alocações em proteções
internas e externas, dado nosso cenário mais cauteloso com o mundo e a
possibilidade de um processo mais longo de aprovação da Reforma da Previdência
no Brasil, mesmo que isso não altere o destino final, ou seja, de aprovação da Reforma
e de um pano de fundo positivo para o Brasil.
Ainda
vemos uma enorme nebulosidade no cenário global, mesmo entendendo e respeitado
este interregno benigno pelo que estávamos passando e aprendendo a conviver.
A
Vale sofreu ontem mais uma derrota jurídica, com uma jurisdição a mais impedindo
o funcionamento de uma importante barragem da empresa. A barragem já estava
fechada por uma outra decisão judicial, mas o novo parecer faz com que a Vale
tenha que conquistar duas vitórias para colocar de novo esta sua mina em
funcionamento. Assim, espera-se que mais uma parcela relevante de sua produção
fique parada por um tempo superior aquele previsto anteriormente.
A
decisão afeta o volume da empresa, sua produção e, consequentemente, suas
entregas de minério e seu lucro. A ação da empresa caiu cerca de 5% ontem e
voltou praticamente aos menores níveis desde o acidente. Pelo seu peso no
índice Ibovespa, acabou ajudando a acentuar a pressão nos ativos locais.
O
problema deverá de estender e a indefinição sobre o caso permanecer elevada.
Não fazemos recomendações microeconômicas, e muito menos nossa intenção é fazer
juízo de valor sobre os culpados (ou não) em torno deste trágico acidente que
retirou a vida de dezenas de pessoas. Nosso intuito aqui é apenas fazer, por
mais difícil que isso possa parecer, uma análise econômica, “top-down”, da
situação e seus impactos sobre o país e os mercados. Nossos pensamentos estão
com as vítimas e famílias alijadas por este terrível acidente.
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