Qual seu apetite a risco?

Recentemente fui pego lendo os comentários de um proeminente gestor de renda variável no Brasil a respeito do desempenho de fundos e métricas de risco, tais como “sharpe”, “drawdown” e afins.

Meu intuito não é polemizar sobre este tema, mas aprofundar a reflexão e a discussão, focando na classe de fundos de Renda Variável ou, no termo mais popular, “Bolsa”.

Minha humilde opinião é que não existe muito certo ou errado quando escolhemos fundos de renda variável para alocar. Existe o fundo certo para o que cada um busca em termos de retornos e volatilidade. Sempre será importante uma análise profunda do gestor, mas não existe “almoço grátis”.

Quem busca retornos maiores no longo-prazo precisa se acostumar com quedas maiores em prazos mais curtos. Quem visa retornos mais consistentes dificilmente terá retornos explosivos, seja no curto ou no longo-prazo.

Fundos que já caíram 50% (ou mais) no passado, mesmo com essas janelas de queda, conseguiram (e conseguem) apresentar retornos absolutos e relativos espetaculares no longo-prazo. Não todos, e por isso a escolha do gestor é importante. Para isso, precisam concentrar seus portfólios ou abrir mão de alguma liquidez. Não há nada de errado com isso, contanto que você entenda no que está investindo.

Fundos que prezam pela liquidez de seus papeis e por mais consistência, geralmente buscam mais diversificação de portfólio e apresentam retornos mais moderados, mas também quedas menos agressivas, na média.

Nada disso está escrito em pedra e sempre existem as exceções.

Meu ponto aqui é mostrar que existem fundos dos mais diversos perfis de risco, mesmo em renda variável. Alguns com desempenhos excepcionais, outros nem tanto. Isso não significa que um gestor esteja errado, e outro não.

Foque no que você busca em termos de perfil de retorno e risco, mas tenha um horizonte longo de tempo. Nesta classe de ativo, horizontes curtos podem ser uma enorme armadilha.

Abaixo, seguem alguns indicadores da indústria de fundos de renda variável, do universo de fundos que cobrimos ativamente. As dispersões são grandes, o que confirma que não existe certo ou errado.


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