Brasil - Ata do Copom.

Na minha primeira leitura, achei que a Ata corroborou com o comunicado do Copom, ou seja, de Taxa Selic estável no horizonte relevante de tempo. Vis-a-vis as expectativas de um Copom mais “dovish” antes da reunião, ou seja, diante de expectativas de quedas adicionais de juros, a decisão do Copom, e está Ata, devem ser vistas como um pouco mais “hawkish”. O mercado deveria debelar as expectativas de quedas adicionais da Taxa Selic no horizonte relevante de tempo. Continuo não gostando do risco/retorno da curva de juros mais curta e na parte intermediária da curva. Para “surfar” o cenário mais positivo com Brasil gosto da parte longa de NTN-B. Olharia as inflações implícitas como “hedge”.


Não estão, pelo menos ainda, tão preocupados com a Atividade Econômica: Os membros do Comitê avaliaram a evolução da atividade econômica à luz dos indicadores e demais informações disponíveis. Em particular, debateram evidências de algum arrefecimento da atividade no quarto trimestre de 2018, quando comparado ao terceiro trimestre. Considerando os choques que incidiram ao longo de 2018, concluíram que a evolução da atividade econômica tem sido consistente com o cenário básico do Copom, de recuperação gradual da economia brasileira.

Ainda há riscos externos, eles são diferentes, mas ainda presentes: No que tange à conjuntura internacional, os membros do Copom ponderaram que o cenário se mantém desafiador, mas com alguma redução e alteração do perfil de riscos. Discutiram a contraposição entre diferentes cenários para a evolução da economia americana. O primeiro cenário possível, que parece ter afetado a curva de juros e o mercado acionário americano nos últimos meses de 2018, envolve risco de desaceleração econômica relevante. O segundo cenário pressupõe continuidade do vigor exibido pela economia americana. Esses dois cenários têm implicações opostas para o rumo da política monetária do Fed. Os membros do Copom concluíram que, ao menos até a definição de qual dos cenários é o mais provável, os riscos associados à normalização da política monetária nos EUA se reduziram. Adicionalmente, reconheceram que, diante do arrefecimento da atividade em algumas economias relevantes, os riscos associados a uma desaceleração da economia global se intensificaram. O Comitê apontou ainda que incertezas, como por exemplo aquelas associadas à continuidade da expansão do comércio internacional e ao Brexit, podem contribuir para um menor crescimento global. Nesse contexto, voltaram a destacar a capacidade que a economia brasileira apresenta de absorver revés no cenário internacional, devido à situação robusta de seu balanço de pagamentos e ao ambiente com expectativas de inflação ancoradas e perspectiva de recuperação econômica

Os membros do Comitê debateram a melhor forma de atuação da política monetária diante de incertezas quanto aos cenários econômicos. Concluíram que a melhor forma de manter a trajetória da inflação em direção às metas é atuar com cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis.

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