Realização de lucros no Brasil, Dólar forte e China.
Os
ativos de risco estão abrindo o dia em tom positivo, com expectativas mais
positivas de um acordo entre os EUA e a China em relação a suas relações comerciais,
além de avanços nas negociações no Congresso dos EUA para evitar uma paralisia
do governo americano.
Durante
a noite, o BoJ, no Japão, promoveu um leve “tapering”, ou redução, de suas
operações de mercado aberto, ou seja, promoveu mudanças, mesmo que apenas
marginais, em seu processo de injeção de liquidez no mercado.
Na
Itália, a mídia deu atenção ontem a uma possível mudança de legislação que
poderá permitir que o governo venda as reservas de ouro para serem utilizadas para
fins diversos.
Ontem
foi um dia de dólar forte no mundo, movimento que foi liderado por forte (para
os padrões locais) depreciação da moeda da China, o Yuan (CNY) na volta do
feriado de Ano Novo Lunar. Não houve uma explicação óbvia para o movimento.
No
Brasil, presenciamos mais um dia de realização de lucros. Após piora acentuada
no mercado de juros na quinta e sexta-feira, em reação a sinalização do Copom,
ontem foi o dia de mais uma rodada de queda da bolsa e alta do dólar, este último
puxado pelo movimento global.
Acredito
que essa realização de lucros local esteja sendo fruto de um movimento natural
e técnico de acomodação após os fortes movimentos de janeiro. Com os ruídos
envolvendo a Reforma da Previdência, em um pano de fundo de preços menos atrativos
e posição técnica um pouco pior, mas não ainda comprometida, é natural
passarmos por momentos de acomodação e/ou realização de lucros.
Continuo,
grosso modo, com a mesma visão de antes, apenas administrando tamanhos e
instrumentos de posições e recomendações. Sigo otimista com o cenário local,
mas entendendo que a apreciação dos ativos não se dará de maneira linear.
Teremos turbulências ao longo do caminho. No cenário externo, vejo a calmaria
de curto-prazo como um interregno benigno, mas cuja duração não deverá se estender
por muitos meses. Continuo bastante preocupado com o cenário para a Europa,
China e o avanços dos lucros das empresas nos EUA.
Comentários
Postar um comentário