Reforma da Previdência e Minutas do FOMC.


Dois eventos marcaram o dia.

No Brasil, Bolsonaro apresentou ao Congresso a Reforma da Previdência. O texto parece bastante abrangente e durO, dentro do que vinha sendo ventilado na mídia.

A despeito da direção correta, o mercado teve mais um dia de realização de lucros. A dinâmica está bastante em linha com o que comentei aqui no inicio da semana (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/02/brasil-politica-ganha-os-holofotes.html).

A recuperação dos ativos locais foi em muito ajudada pelo ambiente externo. A agenda de reformas precisa avançar para que o país fique blindado de choques externos. Receio que podemos passar por um momento de maiores turbulências. Ainda não alterei minha visão construtiva de longo-prazo para o Brasil, mas o curto-prazo me preocupa um pouco.

A grande questão hoje é quanto tempo levará para aprovação da Reforma, qual a real articulação do governo e quão desidratada o texto base ficará no final do processo.

Mantenho visão estrutural positiva, mas sido mais cauteloso no curto-prazo.

Nos EUA, as Minutas do FOMC mostrara um Comitê muito mais cauteloso com o cenário, em muito baseado na desaceleração externa, nos sinais de mercado e na ausência de pressões adicionais na inflação.

O Fed já debate, além da pausa no processo de alta de juros, uma pausa ou encerramento do processo de redução de seu balanço.

Acredito que nada disso seja novidade a luz de tudo que já foi falado por Powell e Cia nas últimas semanas.

Grande parte da recuperação dos ativos de risco este ano foi sustentada exatamente por esta nova sinalização do Fed.

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