Algumas atualizações...

Nesta quinta-feira o mercado manteve a toada de bom desempenho após a decisão do Fed, já amplamente comentada (https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/01/fed-put-interregno-benigno-e-dolar-fraco.html, https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/01/reforma-da-previdencia-crescimento.html).

Não há mudança nas minhas visões apresentadas neste fórum nos últimos dias.

No Brasil, os dados do mercado de trabalho mostraram uma recuperação muito lenta e de baixa qualidade. Este número apenas reforça o receio que comentei hoje pela manhã em relação a recuperação da economia do país.

No tocante aos dados fiscais, os números correntes mostram que o cenário segue extremamente desafiador. Existe uma grande expectativa e esperança, que compartilho, em torno da reforma da previdência, o que justifica o desempenho espetacular dos ativos locais ao longo deste mês. Contudo, a situação corrente é bastante frágil e grave, dado o déficit nominal de cerca de 7% do PIB e um dívida que se aproxima rapidamente aos 80% do PIB.

Em linha com meu comentário de ontem, no link acima, vimos um bom desempenho do câmbio e da curva de juros, em detrimento a bolsa. Sinto desconforto com o nível atual da curva de juros nos vértices curtos, por não acreditar em mais um corte da Taxa Selic. Sigo no curto-prazo, mais otimista com o mercado de câmbio.

Nos EUA, vimos uma forte alta do Jobless Claims, fruto integralmente do “shutdown” que manteve parte relevante do governo parado por algumas semanas, ou seja, não houve deterioração do mercado de trabalho.

O Chicago PMI, contudo, apresentou queda de 63,8 para 56,7 em janeiro, abaixo das expectativas de 61,5 pontos. O número mostra arrefecimento da economia, se somando a outros indicadores mais mistos da economia do país.

Vimos uma contração do PIB da Itália no ultimo trimestre do ano. Continuo bastante preocupado com o cenário para a Europa e para a Itália em especial.